Mais de cinco toneladas de doações já foram arrecadadas para as vítimas do edifício que desabou no centro da cidade de São Paulo no dia 1º de maio.

Segundo a Cruz Vermelha (organização que ajuda vítimas de situações extremas), os itens, que incluem roupas, produtos de higiene, alimentos e água, já são suficientes para atender todas as famílias que moravam no local.

Na madrugada da última terça-feira, um incêndio no quinto andar do Edifício Wilton Paes de Almeida fez com que toda a construção desabasse.

De acordo com a Prefeitura, das 372 pessoas que moravam no local, 320 foram cadastradas como desabrigadas. Ao todo, 44 ainda não foram localizadas – para as autoridades, na hora da tragédia, elas podiam estar tanto no prédio como fora dele.

Agora, mais de 100 homens do Corpo de Bombeiros estão no local tentando achar possíveis vítimas. Os desabrigados, por sua vez, estão morando nas ruas ou foram encaminhados para abrigos da prefeitura.

Ainda não se sabe quais foram as causas do incêndio, mas os bombeiros trabalham com três possibilidades: vazamento de gás, curto circuito ou incêndio criminoso (quando alguém ateia fogo de propósito).

De acordo com as autoridades, o prédio, que tinha 24 andares, já havia passado por uma análise, que mostrou sérios problemas em sua estrutura.

Quem eram os moradores do Edifício Wilton Paes de Almeida?

O prédio que desabou pertencia ao Governo Federal e, na década de 1980, era a sede da Polícia Federal. Há 17 anos, ele estava abandonado e já foi ocupado irregularmente por vários grupos.

Os atuais moradores eram chamados de ocupantes, nome dado a pessoas que moram em um local mesmo sem ter a documentação adequada. Ao todo, no centro de São Paulo, há 70 prédios abandonados que são ocupados irregularmente.

O que dizem as pessoas que são a favor das ocupações?

Esse grupo diz que os cidadãos têm o direito de ocupar esses locais, pois, no Brasil, não há moradia suficiente para todos e esses prédios representam a única alternativa para os mais pobres.

De acordo com os defensores dos ocupantes, a culpa pelo desabamento do Edifício Wilton Paes de Almeida é do governo, que não dá moradia suficientes para todos.

O que dizem as pessoas que são contra as ocupações?

O governador de São Paulo, Márcio França, é contrário às ocupações e disse ao portal G1 que ser  ocupante é “procurar encrenca”, referindo-se às condições ruins de moradia nesses locais.

Como saída, França sugere que os moradores procurem programas de moradia da Prefeitura ou do Governo, que, segundo ele, oferecem ambientes mais dignos aos moradores.

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