Área de difícil acesso dificulta resgate de vítimas
No dia 24 de maio, a região norte de Papua-Nova Guiné, país da Oceania, sofreu um deslizamento de terra após parte do monte Mongalo desabar. Os vilarejos de Yambali e Kaokalam — localizados na encosta de uma colina na província de Enga — foram completamente atingidos. De acordo com informações do governo do país dadas à Organização das Nações Unidas (ONU), estima-se que mais de 2 mil pessoas estejam soterradas.
Segundo as autoridades locais, o amontoado de destroços, terra e pedras dificulta o resgate das vítimas, uma vez que os escombros alcançaram a principal rodovia da região, que está interditada. O deslizamento, que aconteceu na madrugada, atingiu mais de 150 residências enquanto os moradores ainda estavam dormindo. No dia 27 de maio, o solo da região continuava instável, dificultando o resgate.
A ONU declarou que organizará, em 28 de maio, uma reunião com diversos representantes governamentais para mobilizar ações no local. “Essa situação exige ação imediata e apoio internacional para evitar mais perdas e fornecer ajuda essencial aos afetados”, declarou Anne Mandal, representante da Organização Internacional Para as Migrações (OIM), que faz parte da ONU. No dia 26, o governo local forneceu comida e água para cerca de 600 pessoas da região.
I’m sending my solidarity to the people of Papua New Guinea following the devastating landslide that has claimed the lives of hundreds of people.@UN staff are mobilizing and supporting government’s response efforts.
— António Guterres (@antonioguterres) May 26, 2024
“Envio a minha solidariedade ao povo da Papua-Nova Guiné após o deslizamento de terras devastador que ceifou a vida de centenas de pessoas. A equipe da ONU está a mobilizar e apoiar os esforços de resposta do governo”, disse António Guterres, secretário-geral da ONU, em tradução livre do inglês.
Em consequência da falta de acesso a equipamentos como escavadeiras e contato com a internet ou sinal telefônico, muitos moradores estão tentando resgatar os soterrados com trabalhos manuais de escavação. Após a tragédia, mais de mil pessoas foram deslocadas. A segurança do local, que já enfrentava problemas, também é uma questão: com a falta de suprimentos, a violência pode aumentar, segundo a ONU.
“O governo brasileiro tomou conhecimento, com pesar, dos deslizamentos de terra ocorridos na província de Enga, no noroeste da Papua-Nova Guiné, que vitimaram centenas de pessoas. Ao expressar condolências às famílias das vítimas e votos de plena recuperação aos atingidos, o governo brasileiro transmite sua solidariedade ao governo e ao povo papuásio”,
diz, em nota, o Ministério das Relações Exteriores do Brasil (Itamaraty).
As razões do deslizamento de terra ainda estão sendo investigadas. Vale ressaltar que o país vem enfrentando terremotos e outros desastres semelhantes desde o início do ano. Tremores costumam ser mais frequentes na nação, uma vez que Papua-Nova Guiné é localizada em uma região chamada Anel de Fogo, que possui forte atividade de placas tectônicas.
Placas tectônicas: pedaços enormes de rocha que formam a superfície do planeta e ficam abaixo dos continentes e oceanos.
Fontes: ONU, Folha de S.Paulo, G1, Agência Brasil e Itamaraty.
*ATUALIZADO EM 28 DE MAIO, ÀS 11H45.
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