Sim! Precisamos falar sobre a autoestima infantil. Ao contrário do que muitos pais e professores acreditam, esse não é um assunto exclusivo da vida adulta.

As crianças pensam, sentem intensamente e possuem emoções primárias e secundárias. Logo, podem ter a autoestima elevada ou sofrer com a baixa autoestima, um problema que não escolhe gênero, classe social ou idade.

Pessoas de diferentes faixas etárias têm dificuldades para construir uma autoimagem positiva, desenvolver a autoconfiança e fortalecer o amor próprio. Por isso, é muito importante incentivar as crianças a confiarem nelas mesmas e se amarem desde cedo.

Aliás, quanto mais cedo, melhor! Pensando nisso, preparamos um material completo com informações que vão te ajudar a entender melhor como funciona a autoestima infantil.

Além disso, você vai encontrar maneiras eficientes de colaborar na construção e no fortalecimento da autoestima de seu filho. Vem conferir!

AFINAL DE CONTAS, O QUE É E COMO FUNCIONA A AUTOESTIMA INFANTIL?

A autoestima infantil é o sentimento de valor e importância que as crianças têm em relação a elas mesmas.

Os pequenos que possuem a autoestima elevada tendem a confiar em suas próprias percepções e em seus julgamentos, se amam profundamente e acreditam que suas iniciativas darão certo.

Por isso, costumam ter um grau de otimismo e coragem a mais. Já a criança com baixa autoestima, geralmente, se vê desamparada, inferior e incapaz. Isso a leva a não confiar em si mesma e a ter medo de enfrentar desafios.

QUAL É A IMPORTÂNCIA DOS PAIS NA CONSTRUÇÃO DA AUTOESTIMA DOS FILHOS?

A participação dos pais tem extrema relevância na construção da autoestima dos filhos. Eles desempenham um papel fundamental e insubstituível nesse processo que, inclusive, começa já nos primeiros anos da infância.

Para formar uma criança feliz e autoconfiante, os pais devem, primeiramente, estimular a autonomia infantil e estabelecer uma comunicação afetiva com os pequenos.

Em outras palavras: pai e mãe precisam reservar um tempo de qualidade para conversar, interagir e amar os filhos. No que diz respeito à autonomia, as crianças devem ter liberdade para criar, arriscar e opinar. Assim, elas passam a ser mais confiantes.

TODAS AS CRIANÇAS PODEM SOFRER COM A BAIXA AUTOESTIMA?

Toda e qualquer criança está sujeita a sofrer com a baixa autoestima, até mesmo em contextos e cenários inimagináveis. Ainda que ela receba muitos cuidados, seja ativa, sociável e amada pelos outros e passe por várias experiências positivas em casa ou na escola, a autoestima pode ser impactada.

A criança pode vir a sofrer desconfortos e inseguranças em algum momento da vida. Vale ressaltar que, nem sempre, a baixa autoestima vai se manifestar na infância.

O problema pode se apresentar na adolescência ou até mesmo na vida adulta, porém a raiz da baixa autoestima pode estar justamente no passado, nas vivências que o indivíduo teve quando era criança.

COMO FORTALECER A AUTOESTIMA DO SEU FILHO?

Já demos uma prévia do que é necessário para construir a autoestima infantil: comunicação afetiva e autonomia. Mas isso não basta! A construção e o fortalecimento da autoestima das crianças vão muito além.

Para que seu filho acredite em si mesmo, você também precisa confiar nas capacidades dele. Não duvide que ele seja capaz de grandes feitos apenas por ser criança. No lugar disso, incentive-o e estimule-o.

Outra medida importante é acolhê-lo e apoiá-lo quando algo não sair como o previsto. Isso faz toda a diferença! Até mesmo a queda e os erros são importantes no desenvolvimento da autoconfiança e do amor próprio.

Elogiar também é essencial na construção da autoestima, pois é uma forma positiva de valorizar as realizações da criança no cotidiano.

O elogio é uma ferramenta poderosa na mudança comportamental e no aumento da segurança infantil, pois o reconhecimento da capacidade da criança funciona como um estímulo para que ela continue acreditando em si mesma e se esforçando.

Até mesmo ações comuns, como arrumar a própria cama, amarrar sozinha o sapato, guardar os brinquedos ou fazer o dever de casa devem ser apreciados e elogiados. Só não vale elogiar exageradamente, ou quando não houver um mérito real.

QUAIS ATITUDES ATRAPALHAM A CONSTRUÇÃO DA AUTOESTIMA INFANTIL?

O principal fator prejudicial à construção da autoestima da criança é a maneira negativa como os pais falam com os filhos, sobretudo quando estão nervosos ou chateados com os pequenos.

Comentários como “você nunca faz direito”, “pare de ser lerdo” e “calado, você está errado” levam as crianças a duvidarem do próprio valor e da própria capacidade.

Os pais podem criticar (ou repreender) os filhos, porém, ao fazê-lo, precisam ter em mente que a crítica deve se dirigir ao comportamento ou ao fato impróprio, jamais à criança. Ao invés de chamá-la de bagunceira, por exemplo, afirme que o quarto está bagunçado e deve ser arrumado.

E não para por aí! Veja outras atitudes que atrapalham na construção da autoestima das crianças:

– Discurso incoerente com a prática: crianças aprendem mais com as ações de seus pais do que com a palavra em si. Sendo assim, o exemplo é fundamental.

– Comparar seu filho com outras crianças: cada criança é única e especial, mas a comparação diz exatamente o contrário, pois tenta enquadrá-la em padrões.

– Focar nos erros das crianças: todos erram, mas, ao relembrar as falhas do seu filho o tempo inteiro, você vai reforçá-lo negativamente e deixá-lo inseguro.

– Fazer tudo no lugar da criança: o excesso de proteção leva muitos pais a realizarem tarefas pelos filhos. Não cometa esse erro! Isso os levará a pensar que são incapazes e que sempre precisarão de outras pessoas para fazer por eles.

– Prometer e não cumprir: se os pais não honram os compromissos assumidos com os filhos, a confiança das crianças nas outras pessoas e nelas mesmas é abalada.

– Cobrar mais do que o filho pode oferecer: o desenvolvimento infantil passa por diferentes fases, que precisam ser respeitadas. Não queira que seu filho comece a andar antes de engatinhar, ou correr antes de andar. Tudo tem seu tempo!

– Fingir que seu filho não erra: não adianta acreditar que seu filho é perfeito ou inventar desculpas para ocultar as falhas dele. Essa atitude não ajuda em nada na construção da autoestima.

Ser ausente: esse é um dos maiores erros que os pais podem cometer. As crianças precisam da presença da família para se sentirem queridas, seguras e amparadas.

COMO A AUTOESTIMA INFANTIL PODE REFLETIR NA VIDA ADULTA? 

Crianças com autoestima elevada têm mais chances de se tornarem adultos bem resolvidos e bem sucedidos.

Quem aprende a se valorizar, a se amar e a acreditar em si mesmo ainda na infância leva uma bagagem a mais para se tornar uma pessoa confiante, feliz e produtiva, tanto na vida pessoal quanto no campo profissional.

Isso também contribui para que a pessoa seja sociável e querida. Como ela se ama, se aceita e se respeita, os outros tendem a encará-la de maneira positiva.

Gostou do artigo sobre autoestima infantil? Não deixe de conferir nosso texto com perguntas que vão fazer você interagir melhor com seus filhos!

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