No evento, ativistas defenderam que, se não agirmos agora, o planeta terá consequências sérias. Foto: Richard Drury/Getty Images

A entrega do documento final da Conferência das Nações Unidas Sobre Mudanças Climáticas, a COP26, em 13 de novembro, marcou o encerramento do evento, que ocorreu em Glasgow, na Escócia, e tinha começado no dia 31 de outubro (saiba quais foram os destaques da primeira semana clicando aqui). As quase 200 nações que participaram da conferência assinaram o compromisso, que passou por três versões até chegar à forma oficial. 

A seguir, confira alguns dos principais destaques do documento final.

Redução do uso de carvão e combustíveis fósseis
Apesar de, em versões anteriores do documento, os países terem se comprometido a acabar com o uso dos combustíveis fósseis (como petróleo) e do carvão, que poluem o meio ambiente, a decisão final é de que as nações diminuirão o uso desses materiais na geração de energia. A mudança na meta foi um pedido da Índia e da China, dois dos maiores poluidores do mundo, porque seus líderes não acreditam que vão conseguir eliminar de vez o uso desses combustíveis em um futuro próximo. 

Poluição na Austrália causada pelo fornecimento de energia não renovável. Foto: David Gray/Getty Images

Redução na emissão de carbono
Uma das definições mais importantes do evento foi a regulamentação do chamado “mercado de carbono”. O compromisso funcionará assim: cada vez que um país emitir uma tonelada de dióxido de carbono (um dos gases que causam o efeito estufa – role até o fim da matéria para saber mais), ele terá gastado um crédito de carbono. Existe um limite de quantos créditos de carbono cada país poderá gastar.

Se uma nação tiver créditos sobrando (ou seja, se tiver emitido menos carbono do que poderia), ela poderá vender os créditos em excesso para outro país. Dessa forma, as regiões que conseguirem emitir menos carbono serão recompensadas com dinheiro, enquanto as que passarem dos limites terão que gastar mais.

A Amazônia é essencial para absorver o carbono. Entretanto especialistas alertam que a quantidade de carbono produzida dentro da floresta por conta do desmatamento já é superior à que ela consegue absorver. Foto: Ignacio Palacios/Getty Images

Países que sofrem com as mudanças climáticas não estão satisfeitos
Nações como Ilhas Marshall e África do Sul criticaram o documento final da COP26. Isso porque, segundo seus representantes, é necessário que os países ricos se esforcem mais e cumpram a promessa de ajudar financeiramente as regiões em desenvolvimento que já estão sofrendo bastante com as mudanças climáticas. As Ilhas Marshall, por exemplo, têm sentido o impacto do aumento do nível do mar (uma das causas das constantes enchentes na região) e de incêndios que causam destruições por lá.

O processo para que países ricos ajudem os mais pobres, que sofrem com as mudanças climáticas, é conhecido como “perdas e danos”. Geralmente, as regiões mais impactadas com fenômenos como aquecimento global e aumento do nível do mar não são os países que mais poluem nem os mais desenvolvidos.

O príncipe Charles, do Reino Unido, encontra o chefe de negociações da Papua-Nova Guiné na COP26. Foto: Phil Noble/WPA Pool/Getty Images

No oitavo dia de convenção, uma ativista da Papua-Nova Guiné afirmou que os países ricos estão desapontando as nações em desenvolvimento, já que são eles que possuem recursos e tecnologia para salvar o planeta, mas não estão investindo em energia renovável.

Além disso, ela criticou o fato de essas nações não estarem cumprindo o compromisso de doar 100 bilhões de dólares por ano até 2025 para financiar medidas que evitam o aumento da temperatura no planeta. O documento final diz que o compromisso dos países desenvolvidos para financiar os 100 bilhões de dólares por ano será mantido. Entretanto ativistas ambientais e especialistas no tema têm dúvidas se isso irá realmente acontecer. 

O que é o efeito estufa?
É o aumento da temperatura do planeta causado por gases poluentes “presos” na atmosfera. Por um lado, ele é necessário porque impede que a Terra fique muito fria, mas as atividades humanas fizeram com que ele fosse intensificado, levando a um aumento na temperatura média do planeta. Isso leva a consequências típicas do aquecimento global, como elevação do nível do mar e derretimento das geleiras.

Fontes: Gaúcha ZH, G1, IPAM e ONU.

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Comentários (4)

  • jose luis vaccarini

    2 anos atrás

    Fico tão triste de saber que toda a beleza do mundo está sendo destruída, fico na cama pensando sobre esse assunto quase o dia inteiro. Mas enquanto estava lendo está notícia tive uma brilhante ideia, invés de ficarmos nos lamentando sobre isso, você que está lendo este comentário, que tal plantar uma árvore perto de sua casa? Isso iria ajudar muito, se cada um fisece a sua parte seria um ótimo começo.

  • 2 anos atrás

    gostei muito de ler essa noticia joca

  • Julia Boari Katayama

    2 anos atrás

    Muito interessante!!! ADOREI saber um pouco mais sobre essa COP26!!!!

  • Camila Lopes

    2 anos atrás

    Oi, Joca! Adorei a notícia!

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