Chegou ao Brasil, no dia 29 de abril, o primeiro lote com um milhão de doses da vacina contra a covid-19 produzida pela parceria entre as empresas Pfizer, dos Estados Unidos, e BioNTech, da Alemanha. No dia 5 de maio, mais 629 mil doses foram entregues. O acordo com o Ministério da Saúde prevê o recebimento de um total de 100 milhões de doses até o fim de setembro.

Os desembarques aconteceram no Aeroporto Internacional de Viracopos, em Campinas (SP). Cerca de 500 mil doses foram distribuídas entre 27 estados e o Distrito Federal, que já começaram as aplicações.

Conhecido também como Comirnaty, este é o terceiro imunizante a ser usado no Brasil. Ele foi adquirido para ser aplicado em pessoas com comorbidades, deficiência permanente e gestantes. Porém, os governadores têm autonomia para definir a estratégia de vacinação em seu estado.

Outras 2,5 milhões de doses da Pfizer/BioNTech estão previstas para chegar ao Brasil ainda em maio.

Como essa vacina funciona no organismo?
A vacina da Pfizer/BioNTech usa um método mais moderno e menos comum, chamado RNA mensageiro, ou mRNA. Em vez de injetar uma versão enfraquecida do vírus para ensinar o corpo a se proteger, como a maioria das vacinas faz, o mRNA é um material genético sintético (ou seja, criado em laboratório). Ele carrega uma receita para o organismo produzir uma cópia enfraquecida da proteína do novo coronavírus e aprender a combatê-lo.

Apesar das diferenças em relação ao processo de outras vacinas, o resultado é similar. Depois de tomar as doses, a pessoa vacinada fica com o sistema imunológico preparado para se proteger se entrar em contato com o vírus verdadeiro.

Intervalo entre doses gera controvérsia
O Ministério da Saúde do Brasil orientou estados e municípios a aplicar as duas doses da vacina Pfizer/BioNTech com 12 semanas de intervalo entre uma e outra. A decisão, entretanto, gerou debate. A Pfizer só garante a eficácia do imunizante caso a segunda dose seja aplicada até três semanas depois da primeira.

Uma nota divulgada pelo Ministério da Saúde diz que o intervalo de 12 semanas já é usado no Reino Unido e que estudos apontaram 80% de eficiência após a primeira dose. Em comunicado, a Pfizer Brasil declarou que cabe ao governo decidir qual será o intervalo utilizado, mas que “a segurança e a eficácia da vacina não foram avaliadas em esquemas de dosagem diferentes”.

Depois de chegar a Campinas (SP), as doses da Pfizer/ BioNTech foram encaminhadas ao centro de distribuição de vacinas do Ministério da Saúde em Guarulhos (SP),
em 29 de abril | #pracegover: a foto mostra o momento do carregamento das vacinas em um avião. Crédito de imagem: Reprodução de vídeo

Fontes: CNN Brasil, G1, Istoé, site oficial da Pfizer, Superinteressante e Veja.

Esta matéria foi originalmente publicada na edição 170 do jornal Joca

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Comentários (2)

  • luiza.rahal.2011

    2 anos atrás

    Joca, quantos tipos de vacina contra o covid-19 existem no mundo?

  • Felipe Sali

    2 anos atrás

    Oi, Luiza. Tudo bom? Atualmente a Organização Mundial da Saúde aprovou 14 vacinas. Outras 90 estão em fases de teste. Até a próxima! :)

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