Sabia que a humanidade já viveu várias pandemias e epidemias antes de o novo coronavírus surgir? Confira uma linha do tempo com algumas das doenças já enfrentadas — e superadas — pelo ser humano

PESTE NEGRA | 1346 a 1353

Causa: Yersinia pestis, bactéria transmitida pela picada de pulgas de roedores (ratos, por exemplo) e ao entrar em contato com a saliva ou gotículas de espirro de pessoas infectadas.

Regiões afetadas: começou na Ásia, mas foi na Europa que causou o maior número de mortes.

Sintomas: manchas escuras na pele (por isso “peste negra”), fraqueza e inchaços em regiões como garganta e axila, febre e dores no corpo.

Mortes: mais de 65 milhões de pessoas.

CÓLERA | 1817 a 1823

Causa: Vibrio cholerae, bactéria que leva o organismo a eliminar muita água e sais minerais, o que causa desidratação. É transmitida por alimentos ou água contaminados.

Regiões afetadas: começou na Índia e se espalhou para outros países a partir de 1817 — chegou ao Brasil.

Sintomas: enjoo, vômito, dor de barriga e cãibras, entre outros.

Mortes: historiadores acreditam que entre um e 2 milhões de pessoas.

Já aconteceram outras sete pandemias de cólera, a última iniciada em 1961. Hoje, a doença está controlada na maioria dos países — o mais afetado é o Iêmen, onde há prejuízos ao sistema de saúde por causa de conflitos armados.

GRIPE ESPANHOLA | 1918 a 1919

Causa: vírus influenza A, do subtipo H1N1.

Regiões afetadas: o primeiro caso apareceu nos Estados Unidos, mas Índia, países da Europa, África e das Américas Central e do Sul foram afetados.

Sintomas: febre alta, dificuldade para respirar, dores musculares, dores de cabeça intensas e insônia (dificuldade para dormir), entre outros.

Mortes: entre 20 milhões e 40 milhões.

Por que gripe espanhola?
A imprensa da Espanha forneceu a maior parte das informações sobre a doença. Na maioria dos outros países, a mídia não tinha permissão para falar do assunto.

GRIPE H1N1 | 2009

Causa: vírus influenza A (H1N1), transmitido a partir de tosse ou espirro de infectados ou ao encostar em objetos contaminados e tocar na boca, nariz ou olhos.

Regiões afetadas: quase todos os países do mundo.

Sintomas: febre, tosse, cansaço e dor no corpo, entre outros.

Mortes: cerca de 18.500.

EBOLA | 2014 a 2016

Causa: vírus Ebola (Zaire ebolavirus). A transmissão ocorre ao encostar em superfícies ou objetos contaminados ou entrar em contato com tecidos, fluidos corporais ou sangue de animais ou pessoas infectadas.

Regiões afetadas: a maior parte dos casos foi registrada em países da África Ocidental, como Libéria, Serra Leoa e Guiné. Poucos surgiram nos Estados Unidos e em nações europeias, como Itália e Espanha.

Sintomas: febre, diarreia, vômito e fraqueza, entre outros.

Mortes: cerca de 11.300.

Uma epidemia de ebola começou a atingir a República Democrática do Congo em agosto de 2018. Ao todo, foram 3.454 casos até agora. Como desde 17 de fevereiro a nação registrou apenas um novo caso, a Organização Mundial da Saúde (OMS) acredita que a epidemia esteja perto do fim.

Elas chegam ao fim
Como você leu, o mundo já enfrentou diversas epidemias e pandemias. A boa notícia é que elas chegaram ao fim e, com o tempo, as pessoas voltaram à vida normal.

Não confunda
Surto: aumento dos casos de uma doença em uma região específica, como um bairro de uma cidade.
Epidemia: quando acontecem surtos em várias regiões. Uma cidade, por exemplo, sofre uma epidemia quando diversos bairros registram ocorrências de uma doença.
Pandemia: quando há casos de uma doença em todos os continentes.

Fontes: Atlas FGV, Dráuzio Varella, História do Mundo, Live Science, MD Saúde, O Globo, Terra e Resumo Escolar.

Esta matéria foi originalmente publicada na edição 147 do jornal Joca

Ixi! Você bateu no paywall!

Ainda não é assinante? Assine agora e tenha acesso ilimitado ao conteúdo do Joca.

Assinante? Faça Login

Voltar para a home

Ou faça sua assinatura e tenha acesso a todo o conteúdo do Joca

Assine

Enquete

Sobre qual assunto você gosta mais de ler no portal do Joca?

Comentários (0)

Compartilhar por email

error: Contéudo Protegido