O primeiro ano da pandemia do novo coronavírus foi o que o Brasil registrou a menor quantidade de nascimentos de crianças desde 1994. O dado é de um relatório divulgado em 18 de novembro, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). De acordo com o levantamento, foram feitos 2.728.273 registros de nascimentos em 2020, 4,7% a menos do que em 2019. O número só não fica abaixo do total do ano de 1994, quando foram registrados 2.571.571 novos bebês no país.

A queda, no entanto, pode não ter a ver com a quantidade de bebês que nasceram, e sim com o número dos recém-nascidos que foram registrados. Isso quer dizer que, de acordo com o relatório, muitas crianças que nasceram podem não ter sido registradas por conta da pandemia do novo coronavírus. 

Além disso, o número de casamentos sofreu uma queda histórica em 2020. Apesar de esse tipo de união estar em queda desde 2016, o ano passado teve uma redução de mais de um quarto (26%) no número de casamentos. O documento aponta que o principal motivo do declínio é o isolamento social, que fez com que muitas pessoas desistissem de fazer cerimônias no ano passado, com medo de espalhar o vírus.

Pandemia aumentou a quantidade de mortes
Em comparação com 2019, o número de mortes cresceu 14,9% em 2020 – ao todo, foram 1.513.575 óbitos. A alta foi a maior desde 1984, sendo que a maioria dos brasileiros que morreram tinha 60 anos ou mais. Por outro lado, entre os jovens de menos de 20 anos, o número de mortes diminuiu de 2019 para 2020. Além disso, 99,2% dos óbitos ocorridos a mais de 2019 para 2020 aconteceram por causas naturais (como doenças, por exemplo), o que indica que a covid-19 teve forte impacto na alta. 

Fontes: Agência Brasil, IBGE e UOL.