Crédito de imagem: Arda Kucukkaya/Turkish Foreign Ministry via Getty Images

As delegações da Ucrânia e da Rússia se reuniram em 16 de maio, em Istambul, na Turquia, para as primeiras negociações de paz presenciais entre os dois países desde 2022. O encontro ocorreu sob forte pressão dos Estados Unidos (EUA) pelo fim da guerra, que já dura três anos.

Essa foi a primeira reunião presencial entre as partes desde março de 2022, um mês após a invasão russa ao território ucraniano. Além das delegações russa e ucraniana, participaram representantes turcos, incluindo o ministro das Relações Exteriores, Hakan Fidan, que destacou a importância de se alcançar um cessar-fogo o mais rápido possível.

Apesar de não chegar a um acordo de trégua, como desejava a Ucrânia, a Rússia se mostrou satisfeita com o progresso e afirmou que as negociações continuarão para estabelecer uma proposta concreta nesse sentido.

O ministro da Defesa da Ucrânia, Rustem Umerov, anunciou que ambos os países concordaram com a troca de mil prisioneiros de cada lado. No entanto, apesar desse avanço, a reunião, que durou cerca de duas horas, terminou sem um acordo definitivo para interromper os confrontos.

Ausência dos presidentes

O clima de tensão antecedeu o encontro. Inicialmente marcado para o dia 15, o evento foi adiado diante da incerteza sobre a presença dos presidentes Vladimir Putin, da Rússia, e Volodimir Zelenski, da Ucrânia.

Putin havia proposto conversas diretas com a Ucrânia há cerca de uma semana, após meses de pressão dos EUA e de um ultimato dos aliados europeus dos ucranianos. No entanto, a ausência do presidente da Rússia e o envio de uma delegação de segundo escalão, liderada pelo conselheiro da presidência Vladimir Medinski, frustraram as expectativas de avanços significativos.

Por outro lado, a delegação ucraniana foi liderada pelo ministro da Defesa, Rustem Umerov, que recebeu de Volodimir Zelenski a incumbência de buscar um cessar-fogo.

Zelenski chegou a criticar a delegação russa, alegando que seus integrantes tinham baixo nível hierárquico e não dispunham de autoridade para tomar decisões significativas. Por isso, o presidente ucraniano desistiu de comparecer.

O presidente dos EUA, Donald Trump, também cogitou viajar para a Turquia, afirmando que “nada acontecerá” até que se reúna com Putin. O Kremlin, sede do governo russo, reconheceu a necessidade de um encontro direto entre os líderes, mas ainda não há previsão para que isso aconteça.

A ausência de um acordo definitivo frustrou as expectativas, especialmente após meses de pressão internacional e tentativas de mediação. No entanto, as conversas continuam, e novos encontros podem ocorrer.

Fontes: VejaG1,  CNN Brasil e O Dia.

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