crise migratória américas 190
Ativistas se manifestam por mudanças nas políticas de migração durante a Cúpula das Américas, em 8 de junho, na cidade de Los Angeles, EUA. / #pracegover: manifestantes nas ruas segurando cartazes e protestando. Crédito de imagem: MARIO TAMA/GETTY IMAGES

Estados Unidos, Brasil e mais 18 países do continente americano aderiram, em 10 de junho, a uma declaração com compromissos para conter a crise migratória na região. A “Declaração de Los Angeles Sobre Migração e Proteção” teve cerimônia de assinatura conduzida por Joe Biden, presidente dos EUA, no último dia da 9a Cúpula das Américas.

No evento, Biden explicou como as 20 nações trabalharão juntas para lidar com a questão da migração. De acordo com ele, a declaração tem quatro objetivos: promover estabilidade e assistência para assegurar que as comunidades recebam os refugiados; legalizar a migração e proteger os refugiados; dar suporte nas fronteiras; e oferecer soluções às emergências sobre o assunto.

A edição de 2022 da Cúpula das Américas, realizada entre 6 e 10 de junho, na cidade de Los Angeles, EUA, reuniu líderes do continente para o tema “Construindo um futuro sustentável, resiliente e equitativo”. Além da migração, outro assunto tratado foi a preservação do meio ambiente.

Crise migratória
Em 6 de junho, primeiro dia da Cúpula das Américas, migrantes deram início a uma caravana partindo da cidade de Tapachula, no sul do México, rumo aos EUA — distância de 3 mil quilômetros (quase a mesma entre Florianópolis-SC e Macapá-AP). O objetivo do grupo era protestar pacificamente enquanto o encontro de líderes acontecia, chamando a atenção para a crise migratória que ocorre no continente.

No discurso de 10 de junho, Biden pontuou que a pandemia de covid-19 e a guerra na Ucrânia pioraram ainda mais a situação de migrantes nas Américas. Segundo dados do ACNUR (Agência da Organização das Nações Unidas Para Refugiados) divulgados em 23 de maio, pela primeira vez na história, o número de pessoas forçadas a se deslocar, deixando o lugar onde vivem, passou de 100 milhões no mundo. Elas fogem, por exemplo, de conflitos e violações de direitos humanos. Entre esses indivíduos há refugiados e os que se deslocam internamente em seu país.

Dentro do continente americano, umas das principais crises é a vivida na Venezuela, que, de acordo com o ACNUR, já levou mais de 5,4 milhões de pessoas a se tornarem refugiadas ou migrantes. Outra situação chama a atenção na fronteira dos EUA. Atualmente, o Escritório de Alfândega e Proteção de Fronteiras norte-americano estima cerca de 7.500 detenções de imigrantes não autorizados por dia na divisa com o México.

Fontes: ACNUR, CNN, Estadão, Istoé Dinheiro e UOL.

Esta matéria foi originalmente publicada na edição 190 do jornal Joca.

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