No dia 11 de novembro, os Países Baixos anunciaram que vão fechar as fronteiras terrestres com a Bélgica e a Alemanha, nações da União Europeia que fazem parte do espaço Schengen, área resultante de um acordo que permite a livre circulação de cidadãos e mercadorias na região. A medida passa a valer no dia 9 de dezembro e se estenderá por pelo menos seis meses.

A ministra de Refúgio e Migração dos Países Baixos, Marjolein Faber, disse que o objetivo é tornar a nação “o menos atraente possível” àqueles que desejam imigrar ilegalmente para o país. O fechamento das fronteiras faz parte de um pacote de resoluções, aprovado em outubro deste ano, criticado por grupos de defesa dos direitos humanos. Entre as medidas estão, por exemplo, a declaração de que regiões da Síria, mesmo em guerra, são seguras, o que possibilita que o governo neerlandês negue refúgio a cidadãos sírios.

Os Países Baixos estão entre as 27 nações que integram a União Europeia. Ainda que façam parte do espaço Schengen, os membros podem decidir fechar as fronteiras em casos extremos.

Em setembro, a Alemanha havia anunciado medidas parecidas. O país começou a ampliar o controle da entrada terrestre de pessoas nas fronteiras com Dinamarca, Países Baixos, Bélgica, Luxemburgo, França, Polônia, República Tcheca, Áustria e Suíça, passando a verifi car os documentos dos viajantes.

Embora tenha ocorrido uma redução de 42% na chegada de imigrantes ilegais à Europa nos primeiros nove meses de 2024, em relação ao mesmo período do ano passado o número é considerado alto, representando mais de 160 mil travessias não autorizadas nesse período. Os países de origem da maioria das pessoas apreendidas são: Síria, Mali e Ucrânia. Todas essas nações enfrentam conflitos armados em seu território.

FONTES: G1, DW E FOLHA DE S.PAULO.

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