Fortes chuvas e ventos de até 190 quilômetros por hora deixaram cerca de 70% da cidade italiana de Veneza debaixo d’água. O fenômeno começou no dia 28 de outubro e já é a pior inundação de Veneza na última década.

A água inundou a Praça de São Marcos, um dos principais pontos turísticos da cidade, onde fica a Basílica de São Marcos. Dentro da igreja, a inundação atingiu 90 centímetros de altura, danificando o mosaico (conjunto de pedras) que forma o piso. Autoridades locais afirmaram que essa foi a quinta pior enchente a atingir a igreja em seus 924 anos de existência.

Acqua alta

O termo em italiano “acqua alta” quer dizer “água alta” e é usado para se referir ao aumento da maré em Veneza. Essa cidade, no nordeste da Itália, é formada por 118 pequenas ilhas, banhadas por canais e conectadas por mais de 400 pontes.

A forma como Veneza é composta já fez com que a cidade sofresse diversas vezes com o aumento do nível da maré, em consequência de chuvas e fortes ventos. As inundações deste ano marcaram a sexta vez em que a maré alta superou 1,5 metro:

1) 1951: 1,51 metro
2) 1966: 1,94 metro
3) 1979: 1,66 metro
4) 1986: 1,58 metro
5) 2008: 1,56 metro
6) 2018: 1,56 metro

Outras regiões

Mais áreas das regiões de Veneto (onde fica Veneza) e Trento (também ao norte do país) foram afetadas pelas chuvas. Milhares de árvores caíram e vilas e rodovias tiveram que ser isoladas por causa de deslizamentos de terra. No sul do país, a ilha da Sicília sofreu com inundações por causa do transbordamento de diversos rios.

Até o momento, 29 mortes foram confirmadas ao redor da Itália desde o início das fortes chuvas.

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