Resplendor (MG) - Imagem aérea mostra a a lama no Rio Doce, na cidade Resplendor ( Fred Loureiro/ Secom ES)

Resplendor (MG) - Imagem aérea mostra a a lama no Rio Doce, na cidade Resplendor ( Fred Loureiro/ Secom ES)

A Justiça Federal, que julga processos no território brasileiro, aceitou a denúncia contra 22 pessoas envolvidas no rompimento da Barragem de Fundão, localizada em Mariana, Minas Gerais.

Entre os acusados estão pessoas que trabalhavam em empresas ligadas à barragem, como a Samarco, Vale, BHP Billiton e VogBR. Se forem condenadas, elas podem ter que pagar multas e pegar até 54 anos de prisão.

Além dos funcionários, as empresas também foram acusadas e podem receber vários castigos, como o pagamento de multas e a proibição da assinatura de contratos.

Colatina- ES- Brasil- 12/11/2015- imagem aérea mostra a lama no Rio Doce, na cidade de Colatina. Foto: Secom/ ES

Os acusados teriam, segundo a denúncia, praticado crimes ambientais como inundação e desmoronamento além de homicídio com dolo eventual, que é quando alguém sabe que determinada ação pode matar alguém, mas mesmo assim segue em frente com os seus planos.

Agora, todos têm um prazo de 30 dias para responder às acusações.
De acordo com a Samarco, a denúncia não levou em conta as provas que mostravam que a empresa não sabia que a barragem tinha chances de desmoronar.

Assim como a Samarco, a Vale também disse que não sabia dos riscos e que a denúncia não considerou as provas que mostravam a inocência da empresa.

Autor da denúncia, o Ministério Público Federal, órgão que luta para que as leis sejam colocadas em prática, conseguiu um documento de 2015 da Samarco que mostrava que, caso a barragem se rompesse, aproximadamente 20 pessoas morreriam e a empresa não poderia trabalhar no local por dois anos.

De acordo com o Ministério Público, as empresas estão sendo acusadas porque, mesmo sabendo dos riscos, continuaram funcionando normalmente.

O que aconteceu em Mariana?

Colatina (ES) - Autoridades monitoram a lama vinda das barragens da Samarco com rejeitos de mineração que segue ao longo do leito do Rio Doce em direção à sua foz (Fred Loureiro/Secom ES)

A Barragem de Fundão, em Mariana, produzia minério de ferro, encontrado em rochas e usado na construção de casas, carros e outros.

No dia 5 de novembro de 2016, a barragem se rompeu, fazendo com que a lama destruísse comunidades inteiras e matasse 19 pessoas. Ao todo, mais de 600 moradores ficaram sem casa.

A lama também poluiu a Bacia do Rio Doce e destruiu a vegetação do local. Tudo isso fez com que o atentado fosse considerado a maior tragédia ambiental da história do Brasil.

Fontes:

http://g1.globo.com/minas-gerais/desastre-ambiental-em-mariana/noticia/2016/11/juiz-aceita-denuncia-contra-22-e-quatro-empresas-por-desastre-em-mariana.html

http://agenciabrasil.ebc.com.br/geral/noticia/2016-11/justica-aceita-denuncia-e-22-pessoas-responderao-por-tragedia-de-mariana

http://www.brasil.gov.br/meio-ambiente/2015/12/entenda-o-acidente-de-mariana-e-suas-consequencias-para-o-meio-ambiente

http://www.vale.com/brasil/PT/business/mining/iron-ore-pellets/Paginas/default.aspx

Fotos: Fotos públicas

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