Medida está ligada à guerra na Ucrânia
O Aeltc (All England Lawn Tennis & Croquet Club), entidade responsável pelo torneio de tênis de Wimbledon, anunciou, em 20 de abril, que os esportistas da Rússia e da Bielorrússia (país aliado do governo russo) estão proibidos de participar da competição, sediada em Londres, Inglaterra. O impedimento está relacionado à série de sanções que diversos setores têm feito à Rússia por causa da guerra na Ucrânia.
“Nós reconhecemos que essa é uma decisão difícil para os indivíduos afetados, e é com tristeza que eles terão de sofrer pelas ações dos líderes do regime russo”, declarou Ian Hewitt, presidente do Aeltc. Em comunicado, a entidade afirmou, no entanto, que se a situação mudar consideravelmente até junho, a determinação pode ser repensada.
Repercussão no mundo do tênis
As associações globais de tenistas — ATP para jogadores masculinos, WTP para o tênis feminino — se pronunciaram contra a medida. A entidade voltada para mulheres achou a situação injusta e discriminatória e disse estar buscando por possíveis ações. Já a ATP questionou a proibição em nota, uma vez que, pelas regras, a inscrição dos jogadores deveria ser baseada unicamente por suas posições em rankings.
Atletas de destaque no tênis também se manifestaram contrários ao impedimento. Novak Djokovic, tenista sérvio e atual campeão mundial, disse à imprensa que não apoia o parecer de Wimbledon, mesmo condenando o que a Rússia tem feito. “Quando a política interfere no esporte, o resultado não é bom”, afirmou.
O que é o torneio de Wimbledon?
No tênis mundial, há quatro torneios principais, chamados de Grand Slams: Aberto da Austrália, Aberto dos Estados Unidos, Roland-Garros e Wimbledon. O último é realizado nos meses de junho e julho e é o mais antigo entre eles, criado em 1877.
Fontes: CNN, Nexo, site do torneio de Wimbledon e Superinteressante.
Texto originalmente publicado na edição 187 do jornal Joca.
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