Reconstrução facial levou cerca de 400 horas de trabalho
No fim de outubro, cientistas do Centro de Estudos Andinos, da Universidade de Varsóvia, na Polônia, e da Universidade Católica de Santa Maria, no Peru, divulgaram a reconstrução do rosto de uma das múmias mais famosas do mundo.
O trabalho usou tecnologia de reconstrução facial tridimensional e levou cerca de 400 horas, em estudos de DNA, tomografias e outras pesquisas que indicassem como poderia ser a face. A equipe ainda teve a colaboração de Oscar Nilsson, arqueólogo e escultor sueco.
Juanita, como ficou conhecida a múmia, foi encontrada em 1995, congelada no topo do monte Ampato, no Peru, a cerca de 6.300 metros acima do nível do mar. Ela estava acompanhada de 37 objetos de cerâmica decorados. De acordo com pesquisadores, trata-se de uma jovem que viveu há mais de 500 anos, no período do Império Inca, e morreu por volta dos 14 anos. A descoberta de Juanita foi considerada histórica por ser uma das múmias em melhor estado já encontrada.
Foi a partir da análise de Juanita que cientistas comprovaram algumas teorias sobre as civilizações que habitaram a América do Sul há centenas de anos. Por exemplo, que os primeiros moradores do continente americano vieram da Ásia.
Quem foram os incas?
O Império Inca dominou uma área de cerca de 4 mil quilômetros, equivalente ao norte do Equador até o centro do Chile, até a chegada dos europeus ao continente americano. O povo inca tinha um sistema matemático desenvolvido, além de práticas agrícolas e arquitetura avançadas. Os incas se originaram como uma tribo indígena espalhada pela Cordilheira dos Andes e atingiram o auge nos séculos 15 e 16.
Glossário
DNA: molécula que carrega as informações genéticas de um organismo, como cor dos olhos e altura.
FONTES: AVENTURAS NA HISTÓRIA, BBC, CNN BRASIL, EURONEWS CULTURE, G1, MUNDO EDUCAÇÃO, MUNDO ESTRANHO E UOL.
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