Em Madri, na Espanha, uma caixa com amostras de casos suspeitos de varíola dos macacos aguarda para ser testada em laboratório. Foto: Pablo Blazquez Dominguez/Getty Images

A Secretaria Estadual de Saúde de São Paulo confirmou, em 8 de junho, o primeiro caso de varíola dos macacos no Brasil. O paciente é um homem de 41 anos que viajou para a Espanha e Portugal nos últimos dias e começou a ter sintomas da doença, como febre e dores musculares, em 28 de maio. Agora, ele está internado e em isolamento em um hospital da capital paulista para ser acompanhado.

Outro caso, de uma mulher de 26 anos que não viajou recentemente para fora do país, também está sendo investigado na cidade. No Brasil, ainda existem mais sete casos suspeitos da doença. Porto Alegre (RS), Corumbá (MS), Pacatuba (CE) , Blumenau (SC) e Dionísio Cerqueira (SC) estão investigando um paciente cada, enquanto Rio Crespo (RO) tem dois casos suspeitos.

Desde 2008, apenas oito casos haviam sido registrados fora da África. Agora, Estados Unidos, Reino Unido, Argentina e Israel são algumas das nações por onde o vírus monkeypox, que causa a doença, está circulando.

O que é a varíola dos macacos?

É uma doença que tem como principais sintomas febre, dor muscular, dor de cabeça, gânglios aumentados pelo corpo e lesões que começam na face e podem se espalhar.

Como se proteger?

De acordo com o médico infectologista Julival Ribeiro, membro da Sociedade Brasileira de Infectologia, o principal modo de se proteger da varíola dos macacos é fazendo a higienização das mãos, já que gotículas contaminadas podem transmitir a doença quando entram em contato com as mucosas (da boca ou dos olhos, por exemplo) de outra pessoa. Além disso, máscaras faciais, como as usadas para se proteger da covid-19, criam uma barreira contra essas gotículas.

Vacina

De 1966 a 1971, o Brasil teve uma campanha de vacinação contra a varíola humana, bem mais grave e transmissível do que a dos macacos. Na época em que a doença ainda circulava, comprovantes de imunização eram obrigatórios para a matrícula em escolas, por exemplo. A vacinação em massa terminou quando o país não registrou mais nenhum caso. Dois anos mais tarde, a Organização Mundial da Saúde (OMS) confirmou que a varíola estava erradicada (não existia mais) por aqui.

Apesar de a vacina não ter sido desenvolvida especificamente para a varíola dos macacos, quem recebe o imunizante tem certa proteção, explica o doutor Julival. De acordo com a OMS, o grau de proteção do imunizante pode chegar a 85% contra a varíola dos macacos. “Os vírus da varíola e da varíola dos macacos são semelhantes, mas diferentes. Quem já tomou a vacina da varíola tem uma proteção, por isso o importante agora é que pessoas que nunca tomaram sejam imunizadas”, conclui.

Fontes: Folha de S.Paulo, G1 e Poder360.

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Comentários (1)

  • Larissa lopes de Lima

    1 ano atrás

    Eu adorei estão de parabéns só que é muito grande e eu fiquei um pouco cansada

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