Pacientes de províncias com síndrome de Guillain-Barré, no Peru, são transferidos a hospitais especializados para garantir o tratamento adequado e cuidado especializado. Crédito de imagem: Ministerio de Salud del Perú/Twitter/reprodução

O aumento no número de casos da síndrome de Guillain-Barré no Peru fez com que o país declarasse emergência sanitária nacional no dia 8 de julho. Até o dia 7, o Ministério de Saúde do país registrou 182 pacientes com a síndrome em 2023, destes, 147 receberam alta, 31 se encontram hospitalizados e quatro foram a óbito.

Síndrome de Guillain-Barré: doença autoimune, ou seja, em que o sistema imunológico (responsável por proteger a saúde do corpo) ataca células saudáveis do próprio organismo. Saiba mais sobre a síndrome ao fim da matéria.

Em nota publicada pelo governo peruano, o ministro da Saúde, César Vásquez, explica que a declaração serve para destinar uma quantia eficaz de recursos para o tratamento de pacientes hospitalizados pela doença.

“As regiões são abastecidas com remédios e, para quem precisa, iniciamos uma redistribuição na compra. [O Ministério da Saúde] está alinhado com as autoridades regionais para monitorar a execução orçamentária [uso dos recursos disponíveis], porque os pacientes devem ter tratamento adequado”, afirmou o ministro.

O Ministério da Saúde peruano postou em no Twitter, em tradução livre do espanhol: “Ter uma boa higiene e hábitos saudáveis ​​na manipulação de alimentos reduz o risco de sofrer da síndrome de Guillain-Barré. Siga estas dicas e compartilhe […]”

“Como prevenir?
— Enxaguar as mãos com água e sabão.
— Consumir água segura.
— Lavar e desinfetar frutas e verduras.
— Manter a higiene ao manipular e preparar alimentos, com o cozimento adequado.”

O técnico do Corinthians (time de futebol de São Paulo), Vanderlei Luxemburgo, revelou em uma entrevista coletiva no dia 11 que os jogadores estavam receosos de ir ao Peru na semana do dia 16, para disputar uma partida da Copa Sul-Americana contra o Universitário em 18 de julho. O Ministério de Saúde peruano, no entanto, divulgou outra nota incentivando o time a viajar para o país, uma vez que a síndrome de Guillain-Barré não é contagiosa, portanto não exige nenhuma medida de distanciamento social.

Traduzido livremente para o português: “Comunicado: a síndrome de Guillain-Barré não é transmitida de pessoa para pessoa, e o Peru não é uma fonte de infecção da doença. Recomendamos que os jogadores do Corinthians lavem as mãos corretamente, consumam água potável e alimentos bem cozidos”.

O que é a síndrome de Guillain-Barré?

Segundo o Ministério da Saúde brasileiro, a síndrome de Guillain-Barré é um distúrbio raro que pode ser causado por diferentes infecções. Uma vez com a síndrome, o sistema imunológico da pessoa ataca o sistema nervoso do próprio corpo — um conjunto de órgãos, células e demais estruturas que conectam o cérebro a todas as regiões do organismo, coordenando movimentos voluntários e involuntários.

Os primeiros sintomas são, geralmente, sensações de dormência e queimação que aparecem nos membros inferiores (pés e pernas), seguindo para mãos, braços, tronco, cabeça e pescoço. Há uma série de outros sintomas que podem ocorrer, como sonolência, confusão mental e tremores. Algumas das infecções capazes de originar a síndrome são: zika, dengue, chikungunya e sarampo. Muitos vírus e bactérias estão associados ao desenvolvimento da síndrome, mas os cientistas ainda estão investigando. É possível atenuar os sintomas com tratamentos específicos, incluindo fisioterapia, e a doença não é contagiosa.

Fontes: Gobierno del Perú, Ministério da Saúde, BBC e Reuters.

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