A delegação brasileira em Santiago contou com 324 atletas (190 homens e 134 mulheres), competindo em 17 modalidades. Créditos de imagem: divulgação/CPB

O Brasil terminou os Jogos Parapan-americanos de Santiago 2023, realizados entre os dias 17 e 26 de novembro, na capital do Chile, ocupando o primeiro lugar no quadro geral de medalhas. O Parapan é disputado por atletas com algum tipo de deficiência e teve a primeira edição em 1999, na Cidade do México.

No total, o Brasil conquistou 343 medalhas: 156 ouros, 98 pratas e 89 bronzes. Logo em seguida vieram os Estados Unidos, com 165 medalhas; a Colômbia, com 159; e o México, com 125. O desempenho brasileiro foi o melhor da história do país em Parapan, superando a edição de 2019, em Lima (Peru), quando a delegação brasileira subiu ao pódio 308 vezes.

A edição de 2023 foi a quinta em que o Brasil liderou o quadro geral de medalhas — o mesmo aconteceu no Rio de Janeiro (2007), Guadalajara (2011), Toronto (2015) e Lima (2019). A delegação brasileira em Santiago tinha 324 atletas, sendo 190 homens e 134 mulheres, competindo em 17 modalidades — o Brasil subiu ao pódio em todas elas.

Natação e atletismo: 203 medalhas ao todo 

O esporte que trouxe mais vitórias para o nosso país foi a natação, com 120 medalhas: 67 ouros, 30 pratas e 23 bronzes. Carol Santiago foi um dos destaques dos primeiros dias dos jogos, conquistando o topo do pódio nos 100 metros borboleta e no revezamento 4×100 m medley 49 pontos, com Douglas Matera, Wendell Belarmino e Lucilene Sousa.

Douglas Matera, inclusive, foi o maior medalhista dos jogos de Santiago, com oito de ouro no total: 100 m costas (S12), 100 m borboleta (S12), 100 m livre (S12), 200 m medley (SM13), 400 m livre (S13), 50 m livre (S13), revezamento 4×100 m livre (49p) e 4×100 m medley (49p). Na natação feminina, Cecília Oliveira surge ao lado de Douglas com o posto de maior medalhista, com quatro ouros, três pratas e um bronze. Cecília subiu ao pódio em todas as oito provas que competiu no Parapan.

Douglas Matera nasceu com retinose pigmentar, condição que afeta as células da retina (responsável por importante parte de nosso sistema óptico) e causa perda gradual de visão. Crédito de imagem: Comitê Paralímpico Brasileiro/divulgação

No atletismo, foram 83 medalhas, com 34 ouros. Ainda no primeiro dia de competição da modalidade, o Brasil ficou com quatro ouros nas provas dos 5.000 m, lançamento de disco, arremesso de peso e nos 200 metros rasos, ganhos, respectivamente, pelos atletas Yeltsin Jacques, Izabela Campos, Thiago Paulino e Jerusa Garber. No dia 26, último da competição, dez ouros foram garantidos, com destaque para Júlio César Agripino, que levou a última medalha do atletismo nos 1.500 m T11. 

Samuel Conceição, paulista de 24 anos, quebrou o recorde mundial dos 40 0m da classe T20 com o tempo de 46s48, superando em 40 centésimos o melhor desempenho anterior, que pertencia ao também brasileiro Daniel Tavares.

Samuel Conceição compete na classe T20 (deficiência intelectual). Crédito de imagem: Comitê Paralímpico Brasileiro/divulgação

Esportes coletivos e outros marcos

O Brasil também foi ouro nas modalidades futebol de cegos e futebol PC (paralisados cerebrais), derrotando Colômbia e Argentina, respectivamente. Em esportes coletivos, outro feito dos atletas brasileiros foi no rúgbi de cadeira de rodas, com o bronze que garantiu a participação nas qualificatórias da Nova Zelândia, em busca de uma vaga nos Jogos Paralímpicos Paris 2024.

 O Brasil venceu a Colômbia por 1 a 0 e garantiu o ouro no futebol de cegos pela quinta vez. Crédito de imagem: Comitê Paralímpico Brasileiro/divulgação

Mais uma a ficar com o ouro foi a Seleção Brasileira Masculina de Goalball (esporte coletivo com bola praticado por atletas com deficiência visual), tetracampeã do torneio ao vencer os Estados Unidos. 

Vagas paralímpicas 

Em tiro esportivo, Alexandre Galgani conquistou o ouro na prova  R4 – carabina de ar misto 10 m em pé SH2, garantindo uma vaga nos Jogos Paralímpicos Paris 2024. Além dele, os seis ouros alcançados no tênis de mesa asseguraram vagas individuais para os Jogos Paralímpicos, com a vitória de Paulo Salmin (classe 7), Luiz Guarnieri (classe 8), Claudio Massad (classe 10), Thiago Simões (classe 11), Marliane Santos (classes 1-3) e Danielle Rauen (classes 9-10). 

Eugênio Franco (W1), ouro no tiro esportivo com arco, e Andreza Oliveira, Iuri Thauan e Maciel Santos, trio que conseguiu o ouro na bocha pela disputa por equipes da classe BC1/BC2, também conquistaram um lugar em Paris 2024. 

Confira aqui todas as medalhas ganhas pelo Brasil nos Jogos Parapan de Santiago 2023.

Fontes: Comitê Paralímpico Brasileiro,  Comitê Paralímpico Brasileiro, Globo Esporte, Globo Esporte, Globo Esporte, UOL, Agência Brasil, Ministério dos Esportes, Globo Esporte , CBDV e O Globo.

Ixi! Você bateu no paywall!

Ainda não é assinante? Assine agora e tenha acesso ilimitado ao conteúdo do Joca.

Assinante? Faça Login

Voltar para a home

Ou faça sua assinatura e tenha acesso a todo o conteúdo do Joca

Assine

Enquete

Sobre qual assunto você gosta mais de ler no portal do Joca?

Comentários (0)

Compartilhar por email

error: Contéudo Protegido