Chanceleres e Ministros das Relações Exteriores dos países da América do Sul se reuniram nessa terça-feira, 8 de agosto, em Lima (Peru), para debater a crise política na Venezuela. O encontro foi convocado pelo presidente peruano Pedro Pablo Kuczynski três dias após o Mercosul decidir suspender a Venezuela do bloco econômico. Com a suspensão, o Mercosul voltou
Chanceleres e Ministros das Relações Exteriores dos países da América do Sul se reuniram nessa terça-feira, 8 de agosto, em Lima (Peru), para debater a crise política na Venezuela.
O encontro foi convocado pelo presidente peruano Pedro Pablo Kuczynski três dias após o Mercosul decidir suspender a Venezuela do bloco econômico. Com a suspensão, o Mercosul voltou a ter quatro países integrantes: Brasil, Argentina, Uruguai e Paraguai.
Ao todo, 14 representantes de países americanos, incluindo alguns da América Central e o Canadá, compareceram à reunião que tinha o objetivo de avaliar quais medidas devem ser tomadas após Nicolás Maduro, presidente da Venezuela, ter instalado a nova Constituinte no país.
Para muitos chanceleres e ministros, Maduro instalou a nova Assembleia Nacional Constituinte para se manter no poder, o que é caracterizado como golpe de Estado.
A oposição venezuelana não reconhece as novas leis, assim como os Estados Unidos, a União Europeia e outros diversos países da América, incluindo o Brasil.
Crise na Venezuela
A ONU (Organização das Nações Unidas) calcula que 5.051 pessoas foram presas na Venezuela desde abril deste ano, quando as manifestações contra o governo de Maduro tornaram-se mais constantes. Dentre elas, mil continuam presas.
A instituição atribui esse número ao uso de força excessiva contra manifestantes.
No último domingo, 6 de agosto, o presidente Nicolás Maduro afirmou que o ataque contra uma base militar de Valência, norte da Venezuela, terminou com pelo menos dois mortos e oito presos.
O fim de semana acabou tenso após a instalação da Constituinte. O Conselho Nacional Eleitoral (CNE) anunciou que mais de 8 milhões de venezuelanos votaram (41% do total), porém a oposição e algumas instituições internacionais estimam que mais de 90% não votaram.
Com isso, a ideia de que a Constituinte e a votação foram um golpe de Estado feito por Maduro, ganhou mais força.
A procuradora-geral da Venezuela, Luisa Ortega Diaz, que perdeu seu emprego com a nova Constituinte, recusou-se a reconhecer a decisão e afirmou que a Assembleia é “ilegítima e inconstitucional”.
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