Um possível surto do vírus altamente letal está sendo monitorado pela OMS
No dia 18 de julho, a Organização Mundial da Saúde (OMS) confirmou duas mortes causadas pelo vírus marburg em Gana, país na África Ocidental. O vírus chama a atenção da entidade pelas taxas de mortalidade altas (de 24% a 88%, em surtos anteriores) e também por constar na lista de patógenos (organismos, principalmente vírus e bactérias, que podem causar doenças em seres vivos) de grande relevância.
As vítimas da infecção eram, conforme notificado pela OMS, dois homens, um de 26 anos e outro de 51, que vieram a óbito nos dias 27 e 28 de junho, respectivamente. Para evitar que o número de casos cresça, podendo desencadear um surto da doença, o Ministério da Saúde do país uniu esforços à OMS, que enviará especialistas a Ashanti (região mais populosa de Gana) já nos próximos dias.
Até o momento, mais de 90 pessoas (entre moradores e profissionais da saúde) estão com suspeita de infecção e seguem sob monitoramento. Estes foram os primeiros casos em que o vírus marburg foi detectado no país. No Brasil, não há casos suspeitos da doença.
O vírus pode ser contraído por meio de exposição e contato a morcegos frugívoros (que se alimentam de frutas) e é transmitido entre as pessoas por meio de fluídos corporais (como saliva). A infecção é grave e pode levar o contaminado a óbito. Entre os principais sintomas estão dor de cabeça, febre alta, dores musculares, vômitos com sangue e sangramentos (internos e externos).
Especialistas recomendam aos infectados o consumo de muita água e o tratamento de alguns dos sintomas da infecção, enquanto ainda não há imunizante e medicamentos específicos para o marburg.
Para evitar novas pandemias, a OMS atualiza anualmente uma lista de doenças (causadas por vírus ou bactérias) que devem receber mais atenção de órgãos da saúde, laboratórios de pesquisa e demais entidades.
No momento, as infecções prioritárias são: covid-19, febre hemorrágica da Crimeia-Congo, ebola e marburg, febre de Lassa, Mers e Sars, Nipah e condições henipavirais (desencadeadas pelo mesmo tipo de vírus), febre do Rift Valley, zika e “doença x” (que representa a possibilidade de uma infecção ainda desconhecida surgir).
Fontes: G1, Metrópoles, O Globo, BBC e Metrópoles.
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