O juiz Sérgio Moro marcou novo depoimento do ex-presidente Lula para o dia 13 de setembro. O novo interrogatório é para esclarecer se Lula recebeu propinas da empreiteira Odebrecht, como o apartamento triplex no Guarujá e um terreno para a construção da sede do Instituto Lula. Este é o segundo processo na Operação Lava Jato em
O juiz Sérgio Moro marcou novo depoimento do ex-presidente Lula para o dia 13 de setembro.
O novo interrogatório é para esclarecer se Lula recebeu propinas da empreiteira Odebrecht, como o apartamento triplex no Guarujá e um terreno para a construção da sede do Instituto Lula.
Este é o segundo processo na Operação Lava Jato em que o ex-presidente Lula será ouvido. Lula já passou por um interrogatório em maio desse ano.
Moro disse que há possibilidade do depoimento ser feito por videoconferência, para evitar gastos com segurança. Se Lula optar por este meio, o interrogatório será na Justiça Federal em São Paulo, e não em Curitiba, sede da Operação Lava Jato.
De acordo com denúncia do Ministério Público Federal, Lula é acusado de corrupção passiva e lavagem de dinheiro em contratos firmados entre a Petrobrás e a Odebrecht.
Segundo a acusação, parte dos valores pagos pela Odebrecht foi lavada com a compra do imóvel utilizado para a instalação do Instituto Lula, em São Paulo.
Além do depoimento de Lula, Moro também marcou as datas para ouvir outros réus do processo. No mesmo dia do ex-presidente, irá depor Branislav Kontic, ex-assessor do ex-ministro Antonio Palocci (Fazenda e Casa Civil/Governos Lula e Dilma).
No dia 6 de setembro, será a vez de Palocci, do advogado Roberto Teixeira e de Glaucos da Costa Marques – primo do pecuarista José Carlos Bumlai.
Segundo a força-tarefa da Lava Jato, a propina paga a Lula foi intermediada por Palocci, na época deputado federal, com a ajuda de seu então assessor parlamentar, Branislav Kontic.
Condenação
No dia 12 de julho, o ex-presidente Lula foi condenado por Sérgio Moro a 9 anos e seis meses de prisão. A sentença foi dada pelo juiz da Lava Jato, que entendeu que o petista recebeu propina da empreiteira OAS por meio do triplex no Guarujá.
Moro poderia ter decretado a prisão de Lula, mas optou por mantê-lo solto até que seja julgado em segunda instância.
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