O primeiro-ministro do Iraque, Haider al- Abadi, anunciou a conquista e a “libertação” da cidade iraquiana de Mossul, depois de uma batalha contra o Estado Islâmico que durou nove meses. A conquista do território é um importante passo na luta contra o EI, grupo que lá havia criado seu califado, uma forma islâmica de governo.
O primeiro-ministro do Iraque, Haider al- Abadi, anunciou a conquista e a “libertação” da cidade iraquiana de Mossul, depois de uma batalha contra o Estado Islâmico que durou nove meses.
A conquista do território é um importante passo na luta contra o EI, grupo que lá havia criado seu califado, uma forma islâmica de governo.
Para alguns especialistas, o grupo islâmico está com seus dias contados, pois passa por uma redução em seu número de combatentes e está sendo expulso de suas fortificações. Há ainda a perspectiva de que o EI perca o controle de sua “capital” na Síria, Raqqa.
De acordo com o General Sthepen Townsend, apesar da “vitória histórica”, a guerra contra o Estado Islâmico ainda não terminou.
O combate já deixou milhares de mortos, e, de acordo com organizações humanitárias, cerca de 900 mil pessoas tiveram de deixar a cidade desde 2014.
A Amnistia Internacional, em um relatório divulgado, constatou que as forças iraquianas e de sua “coligação” usaram armas desnecessariamente poderosas, assim como os combatentes do Estado Islâmico.
Segundo generais americanos, a guerra foi mais longa e difícil do que o esperado.
História de Mossul
Mossul era a capital rica em petróleo da província de Nínive, no norte do Iraque. Em junho de 2014 foi invadida pelo EI que, ao tomar a cidade, ganhou destaque no cenário global.
Em outubro de 2016, os Estados Unidos começaram a coordenar uma campanha militar contra o Estado Islâmico para libertar a cidade. Os americanos contaram com o apoio de seus aliados e das tropas iraquianas.
Consequências da guerra
Mossul esteve sob o controle do EI por aproximadamente 3 anos e é palco de uma crise humanitária.
“Trabalhei em áreas de conflito durante 25 anos, na Bósnia, Kosovo, Checênia e nunca me deparei com algo tão devastador quanto aqui”, disse Sally Becker, diretora da ONG britânica Road to Peace.
Segundo a ONU, 5 mil casas estão danificadas e 498 foram destruídas. A cidade tinha uma população de aproximadamente 2 milhões pessoas. Dessas, milhares morreram e cerca de 900 mil ficaram desabrigadas e foram forçadas a se relocar.
A coordenadora humanitária da ONU no Iraque, Lide Grande, celebrou a o término da batalha por Mossul, mas alertou para a crise humanitária na cidade.
Desde março deste ano, funcionários de ONGs instalaram centros médicos temporários para tentar aliviar o sofrimento das pessoas.
“Muitas pessoas que fugiram perderam tudo. Precisam de abrigo, comida, cuidados médicos, água e equipes de emergência. O que as pessoas vêm passando é quase inimaginável”, disse Lide.
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