Coronavac-Getty-Images
A vacina CoronaVac, desenvolvida pela farmacêutica chinesa Sinovac em parceria com o Instituto Butantan. Foto: Rodrigo Paiva/Getty Images

Em coletiva de imprensa realizada na tarde de 23 de dezembro, representantes do governo do estado de São Paulo e do Instituto Butantan, na capital paulista, anunciaram que a vacina Coronavac (desenvolvida e testada em uma parceria entre o laboratório chinês Sinovac e o Butantan) atingiu a eficácia necessária contra o novo coronavírus em sua fase três de testes (de acordo com os padrões da Organização Mundial da Saúde).

Segundo Dimas Covas, diretor do Instituto Butantan, a eficácia atingida permite a solicitação do uso emergencial da vacina no Brasil e na China. No entanto, a Sinovac pediu mais tempo para analisar os dados, pois houve uma diferença entre o percentual de eficácia visto no Brasil e em testes realizados em outros países. Esse período solicitado pelo laboratório chinês deve levar até 15 dias. Só depois disso as informações sobre a fase três da Coronavac poderão ser divulgadas e apresentadas às autoridades regulatórias no Brasil e na China – por aqui, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).  

Covas ainda declarou que a Coronavac é “muito segura”. De acordo com ele, está prevista para o dia 24 de dezembro a chegada de mais 5,5 milhões de doses da vacina a São Paulo. Além disso, o governo do estado afirma que o prazo de até 15 dias para a divulgação dos dados da vacina não vai atrasar o plano paulista de imunização. Clique aqui para relembrar o planejamento anunciado pelo estado de São Paulo.

Como funcionam as fases de testes de uma vacina?

Fase pré-clínica: testes em laboratório com o vírus sem envolver qualquer humano. Normalmente, camundongos são cobaias.

Fase 1: a vacina é aplicada em poucos humanos (menos de 50, na maioria das vezes) para testar a segurança para a nossa saúde.

Fase 2: é aplicada em um número médio de humanos (algumas centenas) para checar se vai trazer a resposta adequada. Também é hora de verificar o surgimento de algum efeito colateral.

Fase 3: teste com milhares de humanos. É normal aplicar em pessoas com alto risco de contágio (como profissionais da saúde) para verificar a reação em contato com a doença. Depois, a vacina é submetida às autoridades regulatórias. Se for aprovada, começa a produção em grande quantidade.

Clique aqui para saber mais sobre dados de eficácia de outras vacinas contra a covid-19.

Fonte: coletiva de imprensa do Instituto Butantan e do governo do estado de São Paulo, realizada a partir das 16h do dia 23 de dezembro de 2020.

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