O SP invisível, página do Facebook que mostra histórias de vida de moradores de rua, pode virar um livro.

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A ideia dos fundadores da página, Vinícius Lima e André Soler, é fazer uma obra com 100 perfis, ou seja, pequenos textos que falam sobre os gostos, as personalidades e as experiências de vida mais marcantes das pessoas que vivem nas ruas de São Paulo.

Na página, desde 2014, já foram postados perfis de mais de 500 pessoas nessa condição.

Para que o livro possa ser feito, os organizadores estão pedindo dinheiro na internet. Se conseguirem arrecadar o valor total para a publicação, a obra será lançada em dezembro.

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De acordo com uma pesquisa feita pelo FIPE (Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas), em 2015, 7335 pessoas viviam nas ruas de São Paulo. O bairro que possui o maior número de indivíduos sem casa é a Sé, onde vivem 52% dos moradores de rua da cidade.

Já no Rio de Janeiro, o número de pessoas que, em 2015, vivia nas ruas, chegava a 5,5 mil, segundo a prefeitura da cidade. A maior parte vive na região do centro.

Relatos já publicados na página do SP Invisível:

Cheguei aqui doente e estou há 40 dias na rua, estou com problema no braço, mas agora estou melhor. Vim da Bahia, vim andando, adoeci na estrada. Andei primeiro até Belo Horizonte e depois até aqui. Lá no albergue de Belo Horizonte, eu adoeci. Eu conheço São Paulo desde que tinha 17 anos e sou acostumado a andar, sou acostumado a trabalhar na mata, sou da fazenda. Mato, onça, sou acostumado com isso”.

“Meu nome é Roni. Estou aqui há dois anos, vim do Mato Grosso em busca de oportunidade. Minha família ficou lá: pai, mãe, três irmãos. O mais difícil aqui é arrumar trabalho, é muita discriminação. Você tem que ter comprovante de endereço para conseguir e como eu vou ter se eu estou na rua?”

“Meu nome é Luis Vagner, estou há 24 dias na calçada, não faz muito tempo comparado com outros. Vim para cá porque na minha família tinha várias intrigas internas, era complicado, não dá para explicar direito. Sempre trabalhei como eletricista, dizem que mando bem na função. Devido à minha situação de hoje, não consigo arranjar tanto serviço como antes, não está nada fácil”.

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