Nesta primeira sexta-feira de junho, o Conto de Carlotas nos leva para aqueles momentos em que a tristeza invade nossa vida. É claro que ninguém gosta dessas horas, mas elas acontecem com tudo mundo. E o que fazer para se sentir melhor? O Guto e o pai dele têm uma ideia!

Por Fernanda Rissardo

Guto é um menino sensível, alegre e amoroso. Um dia recebeu a notícia de que o grande amigo dele havia falecido pela manhã. Então, ele caiu na tristeza e não queria mais sair de casa.

Guto ficou até doente, sentia uma vontade enorme de chorar. A tristeza foi tão grande que até deu dor de barriga e, por dois dias inteiros, ele não conseguiu comer nada. Doía tudo, era como se seu corpo todo estivesse triste e precisasse parar de funcionar para se recuperar.

O tempo passava devagar, como se os minutos fossem horas. Olhava o relógio da cozinha e via o ponteiro se arrastar. Mas, dia após dia, foi se sentindo melhor, até que resolveu sair do quarto para ver o dia que fazia lá fora. O pai dele, Jonas, aproveitou a oportunidade e se sentou com Guto para conversar. Lágrimas escorriam enquanto dizia: “Eu não acredito que não vamos mais brincar juntos, eu já tenho muita saudade dele”.

Para a surpresa de Guto, o pai lhe contou que também perdera um grande amigo, disse que, quando é recente, a dor é grande demais, quase insuportável. Mas que, com o passar tempo, ele foi se acostumando com a ausência e a falta que o amigo fazia e, quando a saudade apertava, era a hora de revisitar as muitas lembranças dos momentos que haviam passado juntos. “Isso me conforta muito, meu filho. Lembre todo dia de uma boa situação que passou com seu amigo, assim, substitui a saudade pela alegria que você sentia quando brincavam juntos!”

Jonas lhe explicou que, quando se lembrava do amigo, era como se ele estivesse ali, dentro dele. E ele se lembrava dele recorrentemente, em conversas, vendo uma cena engraçada, ouvindo uma música e, quando conseguia, ele fechava os olhos e sentia tudo de novo.

Guto sorriu e engatou na conversa uma história de mil e uma aventuras que ele e o amigo dele haviam vivido. Os dois riram e choraram juntos.

No dia seguinte, o pai de Guto pai lhe entregou um caderno novinho em folha e propôs que ele escrevesse tudo do que se lembrasse, disse que começasse contando sobre as aventuras, conversas e risadas. “Registre tudo aqui e guarde com muito carinho, assim ele estará aqui sempre de que precisar.” Guto levou o caderno para o quarto e colocou o título na capa: “A saudade é o amor que fica”.

Para conhecer outros personagens que ilustram diálogos importantes, visite carlotas.org.

Clique na imagem abaixo para abrir e imprimir.

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Comentários (1)

  • Matheus Magyar

    3 anos atrás

    adorei a história do Guto-Matheus

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