Uma infestação de gafanhotos que atinge a África desde dezembro de 2019 levou o Ministério da Agricultura da Somália a decretar emergência nacional em 2 de fevereiro. O fenômeno surgiu por causa do ciclone Pawan, que chegou ao país em 7 de dezembro. Ele trouxe mais chuvas para a região, criando boas condições para a reprodução do inseto.

A infestação causa problemas no estoque de comida local, pois gafanhotos acabam se alimentando de plantações. Com isso, a crise de fome que a Somália enfrenta — por sofrer há três anos seguidos com secas e inundações — se torna ainda mais grave. Cerca de 6 milhões de pessoas no país não têm acesso a alimentos suficientes para levar uma vida saudável, segundo o World Food Programme (programa de alimentação mundial, em tradução livre).

A Organização das Nações Unidas Para a Agricultura e a Alimentação (FAO) estima que cada quilômetro quadrado do enxame se alimenta da quantidade de comida que iria para 35 mil pessoas. A FAO já chegou a registar um enxame de 2.400 km² (mais do que o dobro da área de Belém, capital do Pará).

Infestações desse tipo são comuns na África. Porém, segundo a FAO, as mudanças climáticas facilitam a rápida reprodução dos gafanhotos por causa do aumento das chuvas. Outros países, como Quênia e Etiópia, também sofrem com o problema, mas, até o fechamento desta edição, não tinham declarado emergência.

Fontes: Estadão, FAO, Folha de S.Paulo, Superinteressante, UOL e WFP.

Esta matéria foi originalmente publicada na edição 143 do jornal Joca.

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