Área ao redor foi evacuada dias atrás, após série de tremores. Crédito de imagem: Micah Garen/Getty Images/reprodução

Uma erupção vulcânica teve início na Islândia às 22h17 (horário local) do dia 18 de dezembro. O solo começou a expelir lava por uma fissura que, inicialmente, estendia-se por 4 quilômetros (similar ao comprimento da orla da praia de Copacabana, na cidade do Rio de Janeiro). A erupção aconteceu na península de Reykjanes — próximo ao mar e à cidade de Grindavík — e, segundo autoridades locais, não representa risco à vida humana.

Pouco após a erupção na Islândia, o chefe da polícia nacional do país declarou nível de emergência no local e acionou a Defesa Civil, órgão responsável por prevenir tragédias e socorrer vítimas. No dia seguinte, às 14h30 do horário local, o principal centro meteorológico informou que cerca de apenas um terço da fissura inicial continuava expelindo lava, por meio de cinco aberturas no solo, e o fluxo de lava representava apenas um quarto (25%) do início.

“Informamos que a área está atualmente fechada enquanto as equipes de resposta e os cientistas avaliam a situação. As pessoas foram fortemente aconselhadas a não se aproximar da região para a própria segurança e não perturbar o tráfego e o trabalho dos socorristas”,

alertou o governo islandês em nota.

Grindavík, cidade que dista poucos quilômetros da área em erupção, foi evacuada em 10 de novembro, após uma série de abalos sísmicos (tremores de terra). No último mês, autoridades islandesas projetaram uma barreira de defesa ao redor da usina geotérmica de Svartsengi, localizada próximo à fissura, para protegê-la de futuros fluxos de lava.

A erupção do dia 18 foi fissural, um tipo de atividade que geralmente ocorre depois que o movimento das placas tectônicas deixa fraturas na crosta terrestre, pelas quais o magma corre e escapa para a superfície.

Placas tectônicas: pedaços enormes de rocha que formam a superfície do planeta e ficam abaixo dos continentes e oceanos.

Usina geotérmica: utiliza o calor das profundezas da terra para produzir energia.

“As autoridades da Islândia estão bem preparadas para eventos sísmicos que ocorrem regularmente como uma característica da geografia natural do nosso país. O Departamento de Proteção Civil e Gestão de Emergências da Islândia permanece vigilante em resposta ao aumento da atividade sísmica observada dentro e ao redor da península de Reykjanes”,

completou o governo islandês.

Fontes: Icelandic MET Office, Almannavarnir (Defesa Civil da Islândia), Government of Iceland, Agência Brasil, Global Volcanism Program, The Guardian, G1, Enel e Folha de S.Paulo.

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