Fenômeno teve menor intensidade do que o previsto
No dia 9 de outubro, o furacão Milton atingiu a costa da Flórida, nos Estados Unidos, e durante 12 horas deixou um grande rastro de destruição. Em razão da forte potência do fenômeno, que chegou a atingir o grau 5, ele foi considerado um dos maiores da história. No entanto, ao tocar o solo, o furacão teve a intensidade medida dentro do nível 3 e caiu para o número 1 durante a madrugada do dia 10. Até o momento, autoridades locais informaram que a passagem do Milton deixou nove mortos. Ruas ficaram completamente alagadas, prédios e telhados foram levados com a força do vento e mais de 3 milhões de imóveis ficaram sem energia.
A escala Saffir-Simpson, usada para classificar furacões, tem cinco categorias e existe desde a década de 1970. Quanto maior a velocidade da passagem dos ventos do furacão, que chegam a atingir centenas de quilômetros (km) por hora, maior é o nível de perigo. Inicialmente, ainda sob análise, cientistas temiam que o furacão Milton pudesse ter um nível ainda maior do que o 5, o mais alto da escala.
O fenômeno chegou ao solo próximo às cidades de Siesta Key e Sarasota, localizadas na costa oeste da Flórida, atingindo mais de 200 km/h (quilômetros por hora). Nas horas seguintes, a tempestade perdeu intensidade. Em consequência do perigo da passagem de Milton, o governo da Flórida movimentou a maior evacuação do estado nos últimos dois anos, desde o furacão Irma, em 2017. Aeroportos foram fechados, voos cancelados e habitantes de 11 condados da Baía de Tampa receberam ordens obrigatórias para deixar a casa em que vivem.
“A tempestade foi significativa, mas, felizmente, este não foi o pior cenário”, declarou Ron DeSantis, governador da Flórida.
Um dos fatores que explicam é o superaquecimento das águas do Golfo do México (águas de temperatura naturalmente quente que banham parte de Cuba, México e Estados Unidos); neste ano, a região atingiu a casa dos 32°C (graus Celsius), aumento causado pelo aquecimento global ocasionado pelo efeito estufa e pelas mudanças climáticas.
Os furacões surgem pela formação de ondas tropicais, criadas em áreas de baixa pressão atmosférica. Com a ajuda de ventos, as ondas começam a se transformar, ainda no oceano, em um furacão, caso encontrem outras fontes de energia, como clima quente e úmido. Para que um furacão seja formado, é preciso que a temperatura do oceano esteja acima dos 27ºC.
1: Danos mínimos/119-153 km/h
2: Danos moderados/154-177 km/h
3: Danos extensos /178 a 209 km/h
4: Danos extremos/210-249 km/h.
5: Danos catastróficos/mais de 249 km/h
Glossário:
Efeito estufa: fenômeno que mantém o planeta aquecido, mas que é intensificado por gases poluentes, como dióxido de carbono. Ao ser liberados (por transportes ou indústrias, por exemplo), esses gases sobem para a atmosfera terrestre e ficam “presos” ali, acumulando-se em uma espécie de camada. Essa camada impede o calor de sair da Terra e, ao ser intensificada pela ação humana, leva ao aquecimento global, responsável, por exemplo, pelo derretimento de geleiras, que faz com que o nível dos mares aumente.
Fontes: The Guardian, The New York Times e The Wather Channel.
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O furacão Milton foi um dos maiores desastres naturais em muito tempo. Ele atingiu o top 10 de furacão mais intensos e rapidos na historia! O furacão chegou ao grau 5 e todas as ruas ficaram alagadas e predios foram destruidos. O maior foco do furacão foi Tampa, mas quase a Florida inteira foi afetada.
Que horror. Eu tambem moro na Florida e eu sei come e sendo afetado por um furacao e uma tragedia que aconteceu em Tampa e outro lugares na Florida.
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