Quadrinho do livro "Persépolis". Foto: Divulgação
Iraniana segura uma foto do líder da revolução, Ayatollah Khomeini. Foto: Marwan Naamani/dpa (Photo by Marwan Naamani/picture alliance via Getty Images)

Desde 1979, todo dia 11 de fevereiro o Irã organiza uma manifestação nacional para comemorar o aniversário da Revolução Iraniana, que fez com que o país se libertasse da monarquia – o tipo de governo em que um rei ou equivalente (no caso do Irã, um xá) comanda o país. Em 2019, quando o evento completou 40 anos, não foi diferente.

A Revolução Iraniana ocorreu, em 1979, por conta da insatisfação da população com a política do xá Reza Pahlevi, que governava ao lado de poucos amigos e aliados desde 1940. Por não se importar em diminuir as diferenças entre ricos e pobres e ser muito autoritário, o governante começou a despertar a insatisfação do povo.

Outro fato que incomodava os iranianos era a aproximação do xá com os países do Ocidente, como Estados Unidos. A população acreditava que, por causa disso, ele estava abrindo mão dos valores do islamismo (a principal religião do país) e começou a reivindicar que recuperasse essa tradição. Além disso, pedia reformas sociais e econômicas para acabar com a desigualdade.

Por conta dos conflitos, em 1° de abril de 1979, o xá Pahlevi perdeu o cargo de governante e, após o líder da oposição, Ruhollah Khomeini, subir ao poder, o Irã foi declarado uma República Islâmica. Isso quer dizer que os governantes passaram a ser escolhidos pelos próprios cidadãos e a religião islâmica, a ser o principal fator da tomada de decisões.

As revoluções, que tinham como objetivo tornar o Irã um país com mais liberdade e menos desigualdade entre ricos e pobres, acabaram tendo como resultado uma nação em que tudo que não estivesse de acordo com o islamismo fosse proibido.

Para saber mais sobre a Revolução Islâmica do Irã

Quadrinho do livro “Persépolis”. Foto: divulgação

O livro “Persépolis”, de Marjane Satrapi, retrata as mudanças na vida da autora durante a Revolução Iraniana por meio de quadrinhos. Ela, que era criança quando o xá Pahlevi foi tirado do governo, conta da emoção da sua família ao ouvir sobre a revolução e como era a vida durante o novo governo, quando era proibida de ouvir alguns tipos de música e tinha que vestir o hijab (véu que as mulheres islâmicas usam para cobrir os cabelos) para sair de casa.

O livro também virou uma animação, produzida pela Europa Filmes. Confira o trailer:

Fontes: Brasil EscolaGuia do EstudanteInfoEscola e Wikipédia.

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