Manifestantes reunidos no dia 10 de dezembro em Paris para protestar contra a reforma da previdência proposta pelo presidente da França. Foto: Julien Mattia/Anadolu Agency via Getty Images
Manifestantes reunidos no dia 10 de dezembro em Paris para protestar contra a reforma da previdência proposta pelo presidente da França. Foto: Julien Mattia/Anadolu Agency via Getty Images

Desde o dia 5 de dezembro, a França está passando por uma greve geral. O objetivo da ação é fazer pressão para que o presidente do país, Emmanuel Macron, desista da proposta de fazer com que todos os franceses tenham as mesmas condições para se aposentar (saiba mais abaixo). 

Por causa da greve, alguns meios de transporte público, como metrô e ônibus, estão funcionando com restrições. No metrô, por exemplo, nove das 15 linhas de Paris, capital do país, ficaram completamente fechadas. Isso fez com que boa parte da população decidisse usar carros, o que causou grande aumento no trânsito. 

Algumas empresas que produzem combustíveis também pararam de funcionar temporariamente e as aulas em escolas ao redor do país estão suspensas.

Além disso, estão ocorrendo manifestações em toda a França. De acordo com a mídia local, no primeiro dia de greve, um 1,5 milhão de pessoas foram às ruas protestar. Por outro lado, o Ministério do Interior afirma que o número correto é de cerca de 806 mil franceses. 

A proposta do governo

A greve começou após o presidente francês propor mudar o sistema de aposentadoria do país. Aposentadoria é quando a pessoa para de trabalhar e recebe todo mês parte do dinheiro que vai para a Previdência durante os anos de trabalho (Saiba mais nas edições 108 e 126 do Joca). 

O objetivo da proposta é que o governo gaste menos e as pessoas contribuam mais com a Previdência para equilibrar as contas públicas. Atualmente, a Previdência sofre com um grande déficit (quando gasta mais do que recebe).

Antes, o sistema de aposentadoria variava de acordo com o tipo de profissional (os militares podiam se aposentar antes do que pessoas que trabalhavam em empresas, por exemplo). Com a proposta de Macron, isso mudaria e todos os profissionais seguiriam o mesmo sistema de aposentadoria, em que cada dia trabalhado contaria “pontos” para a pessoa se aposentar. 

Além disso, a cada 10 euros que os franceses contribuem para a aposentadoria, eles ganhariam um ponto – e, em alguns casos, como a licença-maternidade (quando uma mulher tem um filho, ela tem direito a ficar um tempo sem trabalhar para cuidar da criança) e o desemprego, também existe um sistema de pontos de bônus. 

Segundo a proposta, quem trabalhar até os 64 anos terá uma pensão mínima garantida de mil euros. 

A resposta de quem aderiu à greve

Quem não concorda com a proposta de Macron afirma que o novo sistema é injusto porque irá fazer com que os franceses tenham que trabalhar mais (porque quanto mais um trabalhador ficar no mercado, maior será a sua pensão, pois mais pontos ele acumula) e receber aposentadorias menores. 

Uma das alternativas propostas por essas pessoas é a de manter a idade mínima para se aposentar em 62 anos. Além disso, a ideia é diminuir os benefícios para quem parar de trabalhar antes dos 64 e dar benefícios para quem parar após esta idade. 

 

Fontes: Folha de S.Paulo, G1 e Le Parisien.  

Ixi! Você bateu no paywall!

Ainda não é assinante? Assine agora e tenha acesso ilimitado ao conteúdo do Joca.

Assinante? Faça Login

Voltar para a home

Ou faça sua assinatura e tenha acesso a todo o conteúdo do Joca

Assine

Enquete

Sobre qual assunto você gosta mais de ler no portal do Joca?

Comentários (0)

Compartilhar por email

error: Contéudo Protegido