Você sabia que existem cerca de 32 mil refugiados no Brasil? É o que afirma um estudo feito pelo Comitê Nacional Para os Refugiados (Conare) em 2019, última vez em que a pesquisa foi feita.

Na semana do Dia Mundial do Refugiado, que é lembrado em 20 de junho, confira quatro perguntas e respostas que o Joca preparou para te ajudar a entender melhor por que tantas pessoas buscam refúgio no Brasil e o que você pode fazer para que elas se sintam acolhidas no país. Confira.

Qual é a diferença entre os termos “refugiado” e “migrante”?

São consideradas refugiadas as pessoas que saem de seu país de origem para escapar de situações perigosas, como conflitos armados e perseguições. Ao se mudar para novas nações, esses indivíduos buscam segurança e garantia de direitos básicos, como saúde e educação.

Já os migrantes escolhem se deslocar, ou seja, realizam a mudança por livre e espontânea vontade, sem ser pressionados por fatores externos (como guerras). Essas pessoas se mudam para novos países para buscar novas oportunidades, como um trabalho melhor ou a possibilidade de aprender um novo idioma.

De onde vieram os refugiados que moram no Brasil?

A maior parte dos refugiados que chegam ao Brasil vieram da Venezuela. De acordo com o ACNUR (Agência da Organização das Nações Unidas Para Refugiados), em 2019, cerca de 65% dos refugiados que vieram para o país eram venezuelanos. Isso porque a Venezuela vive uma intensa crise política, social, humanitária e econômica (faltam alimentos, remédios e itens de higiene), o que leva os cidadãos a buscar ajuda em outros territórios. Ao todo, há cerca de 45 mil refugiados venezuelanos vivendo no Brasil.

Depois da Venezuela, o país com a segunda maior população de refugiados no Brasil é a Síria. Estima-se que aproximadamente 3.800 sírios tenham se mudado para cá em virtude da guerra e de condições precárias de vida, enfrentadas pelos habitantes de lá há dez anos (saiba mais sobre a situação do país clicando aqui).

Em seguida na classificação de locais de origem está o Congo, com 1.209 refugiados vivendo no Brasil. Há anos, o território africano sofre com confrontos armados e atos de violência contra a população (confira depoimentos de uma jovem congolesa refugiada aqui).

O Brasil recebe muitos refugiados?

De acordo com o instituto Ipsos, empresa de pesquisa e inteligência de mercado, o Brasil é o terceiro país mais aberto a receber refugiados do mundo. O estudo, divulgado em 16 de junho, revela que 78% dos brasileiros (ou seja, quase oito a cada dez) apoiam a recepção de refugiados. O país fica atrás apenas da Argentina e da Itália, em que as taxas de aceitação são de 79%. 

Só na cidade de São Paulo, por exemplo, cerca de 20 mil pessoas estão tentando regularizar seus documentos (para ter acesso a direito como o de trabalhar no Brasil). O dado é da Associação Brasileira de Especialistas em Migração e Mobilidade Internacional (Abemmi), que ajuda estrangeiros a se regularizar no Brasil.

Como posso ajudar os refugiados?

Existem várias maneiras de apoiar essa causa. Uma delas é contribuindo para o projeto Mi Casa, Tu Casa – Minha Casa, Sua Casa, lançado pelo Joca em parceria com o ACNUR (Agência da Organização das Nações Unidas Para Refugiados) e a organização internacional Hands On Human Rights. Para ajudar a campanha, você pode enviar cartas e doar livros que não usa mais, tanto em português como em espanhol, para crianças e adolescentes venezuelanos que vivem em abrigos para refugiados e migrantes em Roraima.

Além disso, o projeto convida todos a participar de um crowdfunding (“vaquinha” virtual) para construir armários-bibliotecas nos abrigos em questão. O objetivo é aproximar os jovens brasileiros dos jovens refugiados e migrantes que moram nesses locais.

Fontes: ACNUR, Comitê Internacional da Cruz Vermelha, Folha de S.Paulo e Instituto Ipsos.

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Comentários (1)

  • Fernanda Tavernari

    2 anos atrás

    Oi Joca! Tenho duas coisas a dizer: a primeira que eu estou muito triste com essa situação de ter muitos refugiado. Eu só penso como deve ser difícil para essas pessoas. E a outra coisa é que eu doei vários livros para essa crianças, para ajudá-las, porque acho que ninguém gostaria de estar no lugar delas. Espero que tudo isso se resolva e que esse momento difícil passe logo e que tudo vai se resolver. Ass: Isabela Tavernari 11/07/2021

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