No livro Clara Cabelo Laranja, de Fabiana Gutierrez, a protagonista é uma menina com cabelo laranja. A cor levava as pessoas a dar risada ou fazer comentários maldosos. Por isso, Clara prendia ou cobria os fios. A história é parecida com a de muitas meninas. Um estudo da organização britânica Girlguiding, com 1.600 garotas de 7 a 21 anos da Grã-Bretanha, mostrou que 15% das jovens
No livro Clara Cabelo Laranja, de Fabiana Gutierrez, a protagonista é uma menina com cabelo laranja. A cor levava as pessoas a dar risada ou fazer comentários maldosos. Por isso, Clara prendia ou cobria os fios.
A história é parecida com a de muitas meninas. Um estudo da organização britânica Girlguiding, com 1.600 garotas de 7 a 21 anos da Grã-Bretanha, mostrou que 15% das jovens de 7 a 10 anos têm vergonha de sua aparência na maior parte do tempo. Entre 11 e 16 anos, o número salta para 42%. “As meninas nos disseram que o medo de que os outros as critiquem pela aparência as impede de fazer coisas de que gostam”, afirma o relatório.
Garotas unidas
Maria Fernanda M., de 13 anos, participa há três anos do projeto Força Meninas, que estimula garotas a desenvolver sua força interior. “Uma vez vimos o vídeo de uma menina que não estava dentro do ‘padrão’. Apesar de os outros tirarem sarro dela, ela era alegre e não ligava para opiniões alheias”, diz.
Maria Fernanda afirma que, depois de participar de dinâmicas como essa, começou a se aceitar mais. “Eu me acho muito bonita e não ligo quando falam o contrário.”
Dicas para o dia a dia
“Não ligue para o que as pessoas pensam, dê risada do que dizem. Elas vão ver que você não está ligando e vão parar”, Maria Luísa A., 8 anos
“Confie em você mesma. Tenha o seu próprio estilo e se ame”, Bruna P., 9 anos
“Muitas meninas se sentem diferentes do seu grupo de amigas, pois acham que estão fora do padrão que a sociedade acredita ser o ‘certo’. Uma dica é se autoconhecer (responder a perguntas como ‘quais são as características mais legais em mim?’) e conversar com alguém em quem confia, como os pais ou um terapeuta”, Fernanda Silveira, psicopedagoga
Esta matéria foi originalmente publicada na edição 134 do jornal Joca.
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