Crédito da imagem: Basak Gurbuz Derman/Getty Image

Em 8 de março é lembrado o Dia Internacional da Mulher. Não se sabe ao certo quando a data foi criada, mas, segundo uma das histórias mais contadas, ela surgiu em 1911, quando um incêndio em uma fábrica de tecidos de Nova York (EUA) fez com que 130 operárias morressem carbonizadas. O acidente ocorreu de verdade e marcou a trajetória das lutas feministas ao longo do século XX. Entretanto, os eventos que levaram à criação da data são anteriores a isso.

Desde o fim do século XIX, as mulheres da Europa e dos Estados Unidos protestavam contra as jornadas de trabalho de mais de 15 horas por dia e os salários bem mais baixos do que os dos homens. O 8 de março teria sido um reflexo de todos esses episódios.

A data celebra tudo o que as mulheres já conquistaram (como direito ao voto e reconhecimento como cidadã) e, ao mesmo tempo, marca a luta de tudo o que elas ainda têm para alcançar, como o fim da violência feminina e direitos e salários iguais aos dos homens.

Confira abaixo como a data é lembrada ao redor do mundo:

ÁFRICA

No continente, a principal data é 31 de julho, Dia da Mulher Africana, que foi criada para que as mulheres do continente trocassem experiências. A importância de ter um dia só para mulheres da África vem do fato de que as africanas também estão batalhando para conseguir ultrapassar a barreira do racismo, que é a discriminação de pessoas por conta da cor da pele. Além de sofrerem preconceito por serem mulheres, elas são discriminadas por serem negras, o que torna a luta por igualdade um desafio ainda maior.

Neste ano, entretanto, algumas mulheres do Quênia percorreram as ruas de Nairóbi, capital do país, para pedir que o governo crie um plano nacional contra o assassinato de mulheres e a violência feminina. Em locais como África do Sul e Nigéria também houve manifestações.

AMÉRICA DO NORTE

México: no país, milhares de pessoas participam de passeatas a cada ano para reivindicar a igualdade de direitos e, principalmente, o fim da violência contra as mulheres. Apesar de elas já terem dado passos importantes em direção à igualdade, como o direito ao voto, ainda há muito a ser conquistado. Na área das ciências, por exemplo, dos 2 mil cientistas da Academia Mexicana de Ciências somente 448 são mulheres, o que mostra que elas ainda não são vistas como tão capazes quanto os homens.

Estados Unidos: assim como em outros lugares, é comum que as mulheres usem batom vermelho nos lábios como um símbolo da sua força, por ser uma cor marcante e intensa. É tradição também ocorrerem protestos e manifestações pela igualdade de gênero (que consiste em homens e mulheres terem os mesmos direitos e deveres) e pelo fim da violência contra as mulheres.

AMÉRICA DO SUL

Argentina: o movimento Ni Una Menos, criado no país em 2015 para lutar contra a violência de gênero, organiza manifestações para lembrar a data. O objetivo é pedir igualdade entre homens e mulheres. O ato também está previsto para acontecer neste ano.

Brasil: em diversos locais do país são feitas passeatas para lutar pelos direitos das mulheres e pelo fim da violência contra elas. Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), as mulheres ganharam, em média, 20,5% a menos do que os homens em 2018. Isso significa que, se um homem ganha mil reais por mês, as mulheres recebem cerca de 795 reais no mesmo período.

ÁSIA

Bangladesh: em Daca, capital do país, 15 mulheres que sobreviveram a ataques de violência cometidos pelo marido ou companheiro desfilaram em uma passarela para lembrar o Dia Internacional da Mulher em 2017. O ato foi um protesto para denunciar a discriminação que elas sofrem por terem sido vítimas de casos assim.

Paquistão: é costume acontecerem apresentações de teatro, exibição de filmes e leituras de poesia como uma forma de celebrar as mulheres no dia 8 de março.

ORIENTE MÉDIO

Israel: neste ano, algumas mulheres judias se reuniram no Muro das Lamentações para protestar contra as regras conservadoras que definem que elas devem ficar separadas dos homens em uma parte bem menor do muro, além de terem que usar roupas que cubram o corpo.  

EUROPA

Na Europa, é comum que as mulheres recebam flores para homenageá-las por esse dia. 

Itália: é costume que as mulheres recebam acácias-mimosas amarelas. Este ano, o movimento Non Una di Meno (que significa “nenhuma a menos”) tomou às ruas de Roma para protestar contra a desigualdade em relação aos homens.

Espanha: as mulheres organizaram a segunda greve geral feminista (quando as mulheres param de trabalhar) para pedir igualdade salarial em 2019.

Alemanha: pela primeira vez, a data foi reconhecida como feriado na capital, Berlim.

OCEANIA

Austrália: em 2017, a cidade de Melbourne adotou personagens femininos em alguns semáforos como modo de lembrar o Dia Internacional da Mulher. O objetivo da iniciativa era mostrar como é difícil perceber a desigualdade de gêneros no dia a dia, já que só existiam semáforos com personagens masculinos.

OUTROS

Cazaquistão, Mongólia, Armênia e Burkina Faso: nesses países, a data é feriado público, portanto não se trabalha nem se estuda no dia 8 de março. Já na China, por exemplo, só as mulheres têm esse dia como feriado.

Rússia: apesar de ser entregue uma boa variedade de flores, as mais populares são rosas vermelhas. Entretanto, o Dia da Mulher não se resume à entrega de flores, é principalmente um dia de luta pelos direitos iguais aos dos homens.

Fontes: Exame, Exame, G1, G1, G1,Terra e Veja.

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Comentários (2)

  • Alunos Escola Piaget

    5 anos atrás

    Que legal! Pelomenos as mulheres lutam porisso

  • EMEF Prof. Laerte José dos Santos

    5 anos atrás

    ...um MUNDO DE MULHERES dando o show por onde passam! @deparabensparacadauma

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