Crianças brincam em viela transformada no projeto ImaginaC. Foto: Divulgação/Facebook
A avenida Paulista, em ilustração de Luísa Amoroso, é um dos lugares retratado no livro “Casacadabra 2 – Cidades para Brincar”. Foto: Divulgação/Facebook

Urbanismo significa colocar cada coisa da cidade – como edifícios e parquinhos – no lugar certo. Quem faz isso é um profissional chamado urbanista, mas muitas crianças também podem dar seus palpites. No Dia Mundial do Urbanismo, comemorado no dia 8 de novembro, o Joca selecionou projetos brasileiros e internacionais que levam as crianças em consideração ao pensar no que uma cidade deve ter, a ordem das coisas e de que forma elas devem ser construídas. Confira:

Crianças brincam em viela transformada no projeto ImaginaC. Foto: Divulgação/Facebook

ImaginaC – São Paulo e outras cidades (Brasil)
Tudo começou em 2013, no bairro Glicério, em São Paulo, quando a cientista social Nayana Brettas e sua Organização Não Governamental (ONG) Criacidade resolveu transformar áreas do bairro a partir de sugestões feitas por crianças de 3 a 11 anos. No Projeto Cidade que Brinca, artistas plásticos pintaram fachadas e muros a partir de desenhos infantis ou ideias dadas pelas crianças. Elas também entraram na brincadeira, pintando muros mais baixos e o asfalto. Alguns lugares receberam ainda brinquedos de madeira para garantir diversão ao ar livre. No total, 1.200 crianças participaram ou foram impactadas pela ação, assim como mil adultos.
Em outubro, Nayana lançou o ImaginaC, uma plataforma que reúne dicas de como projetos como o Cidade que Brinca podem ser feitos pelo Brasil levando em conta a opinião das crianças na construção das cidades. Na nova iniciativa, seis calçadas de São Paulo foram transformadas com a participação infantil, assim como a Viela Severino na cidade de Poá, no interior do estado paulista, que se transformou na colorida Viela das Crianças.

Crianças criam seus brinquedos com caixas de papelão no projeto Pop-Up Adventure Play. Foto: Divulgação/Facebook

Pop-Up Adventure Play – Manchester (Inglaterra)
O projeto leva caixas de papelão, tecido, fita, barbantes e pneus a parques, praças e até mesmo lugares abandonados para que as crianças, com ajuda de adultos, montem brinquedos, transformando esses locais em parquinhos temporários onde podem se divertir. Criado na cidade inglesa pela pesquisadora de jogos lúdicos Morgan Leichter-Saxby, o programa já se espalhou pelo mundo, chegando aos Estados Unidos, Egito, México, Uganda e China. Também é possível acessar um manual, em inglês, sobre como fazer um parquinho itinerante na sua comunidade no site do projeto.

Menina pinta calçada no projeto “Ciudad de Los Niños˜. Foto: Divulgação/Facebook

Ciudad de los Niños – Rosário (Argentina)
Desde 1996, a prefeitura da cidade argentina criou Conselhos de Crianças onde elas têm sua opinião ouvida e levada em conta pelos políticos. São dez conselhos compostos por crianças de 3 a 11 anos que se encontram toda semana para caminhar pela cidade e discutir soluções a problemas urbanos. A cada ano, esses conselhos elaboram projetos e os apresentam ao prefeito.
Em 2017, por exemplo, as crianças conselheiras sugeriram plantar mais árvores com flores pela cidade, além de pintar escorregadores com as cores do arco-íris. Nos anos anteriores, eles conseguiram convencer o poder público a criar o Dia do Jogo e da Convivência, a cultivar plantas que atraem borboletas e a ocupar as calçadas de maneira divertida.

Crianças desenham suas ideias para a cidade no projeto “Vozes da Cidade”. Foto: Divulgação/Facebook

Vozes da Cidade – Salvador, Bahia (Brasil)
O projeto “Vozes da Cidade: Crianças e Adolescentes Participando da Construção de Salvador” tem como objetivo incentivar o público infanto-juvenil a transformar suas comunidades através da participação social. Em uma das fases da iniciativa, as crianças são ouvidas sobre as dificuldades encontradas por elas no caminho entre suas casas e o lugar onde estavam. A ideia é que as sugestões de melhorias feitas pelas crianças sejam levadas em conta para criar políticas públicas na cidade.

Uma das ilustrações de Luísa Amoroso no livro “Casacadabra 2” mostra a Escadaria Trindade do Monte, em Roma, Itália. Foto: Divulgação

Livro Casacadabra 2 – Cidades para Brincar
O livro que será lançado na cidade de São Paulo em 11 de novembro busca introduzir o tema do urbanismo de maneira divertida ao público infantil. A obra conta as aventuras da menina Lina e sua amiga capivara Tiê conhecendo dez projetos no espaço público pelo mundo. A duplinha passa pelo High Line, em Nova York (EUA), a Avenida Paulista em São Paulo, a Praça Imagem do Mundo, em Esfahan, no Irã, e muito mais. O livro traz também a seção Mini urbanista, com propostas de exercícios para os pequenos brincarem de pensar e construir cidades.

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Comentários (1)

  • e

    3 anos atrás

    legal

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