Você já deve ter visto a imagem do novo coronavírus por aí — uma esfera com um tipo de coroa ao redor, lembrando antenas ou chifres. Agora, graças ao trabalho de uma equipe de cientistas do Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT), nos Estados Unidos, você também poderá ouvir o vírus em formato de música.

Trata-se de um estudo, publicado em 17 de março e liderado pelo pesquisador Markus Buehler (músico nas horas vagas), que usou a técnica chamada sonificação para traduzir a estrutura do vírus em notas musicais. A cada aminoácido (moléculas que formam o vírus) foi atribuída uma nota da escala musical (dó, ré, mi, sol, e assim por diante). Os instrumentos musicais para reproduzir o som foram escolhidos com base no gosto pessoal dos cientistas — o mais usado acabou sendo o koto, um instrumento de cordas típico do Japão

Depois, foi a vez de a inteligência artificial entrar em ação. Um computador colocou as notas para tocar e ajustou o volume e a duração delas com base nas estruturas reais de cada aminoácido. O resultado é uma música calma, que você pode ouvir no site do Joca (bit.ly/musica-novo-coronavirus).

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#pracegover: a é uma ilustração colorida, em tons de azul, vermelho, amarelo e laranja, e abstrata, representando o som da música. Imagem: Sound Cloud

Qual é a utilidade?
Você pode estar se perguntando o que levou os cientistas a criar uma música em meio à pandemia. Na verdade, a pesquisa tem grande valor científico e pode ajudar até a acelerar a criação de uma cura para a covid-19. Isso porque a transformação em música faz com que seja mais fácil estudar o vírus e encontrar padrões e características diferentes nele.

“Nosso cérebro é ótimo no processamento de sons”, explicou Buehler ao site MIT News. “De uma só vez, nossos ouvidos conseguem captar suas características: tom, timbre, volume, melodia, ritmo e acordes. Para ver esses mesmos detalhes em uma imagem, precisaríamos de um microscópio de altíssima potência — e nunca conseguiríamos observar tudo ao mesmo tempo.” Além disso, os cientistas podem alterar a duração das notas para simular como um remédio vai agir sobre o vírus, por exemplo.

Fontes: AIP, Classic FM, EurekAlert!, Istoé, MIT News, O Globo e Superinteressante.

Esta matéria foi originalmente publicada na edição 148 do jornal Joca.

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Comentários (1)

  • LUCCAS SANTOS RODRIGO DE FREITAS

    2 anos atrás

    Jornal joca-o único jornal para jove

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