Em 2014 o Brasil gerou 1,4 milhão de toneladas de lixo eletrônico, como computadores, smartphones, eletrodomésticos, monitores de televisão e telefones celulares antigos que foram jogados fora. Isso representa 36% do tudo o que a América Latina gerou e 9% de tudo o que o mundo produziu. Apenas em 2014, cerca de 41 milhões de toneladas métricas
Em 2014 o Brasil gerou 1,4 milhão de toneladas de lixo eletrônico, como computadores, smartphones, eletrodomésticos, monitores de televisão e telefones celulares antigos que foram jogados fora. Isso representa 36% do tudo o que a América Latina gerou e 9% de tudo o que o mundo produziu.
Apenas em 2014, cerca de 41 milhões de toneladas métricas de lixo eletrônico foram produzidos no mundo todo. Todo esse lixo equivale a €47 mil milhões.
Chile e Uruguai foram os maiores produtores desse tipo de lixo. Esses países produzem por pessoa, com 9,9 e 9,5 quilos por ano, enquanto a média na América Latina é de 6,6 quilos.
SAIBA MAIS:
Na “América Latina” estão todos os países da América do Sul, América Central e o México, ou seja, todos do continente americano, menos EUA e Canadá. Essa definição é parecida com a que é utilizada pela ONU, porém, da classificação geralmente utilizada por ela, são excluídos o Caribe e o México, embora eles possam aparecer em outras definições.
FONTE: Associação de Empresas da Indústria Móvel (GSMA) e da Universidade das Nações Unidas
Hoje a quantidade destes resíduos, ou “e-waste”, está crescendo muito no mundo e superou 40 milhões de toneladas em 2014. Uma pesquisa calcula que nos próximos quatro anos, a quantidade de lixo subirá entre 5% e 7% por ano na América Latina.
O Brasil é seguido na lista por México (958 mil toneladas), Argentina (292), Colômbia (252), Venezuela (233), Chile (176) e Peru (147). Os que menos produziram e-lixo foram Equador, que gerou 73 mil toneladas, República Dominicana (57), Guatemala (55) Bolívia (45), Costa Rica (36), Paraguai (34), Uruguai (32) e Panamá (31).
O estudo pede para que os governos tomem conta dos lixos eletrônicos para coletar de maneira adequada esses produtos para que eles não poluam mais o meio ambiente. O lixo eletrônico é diferente do lixo comum e, por isso, precisa de um tratamento diferente.
Em todo o mundo, os Estados Unidos é o país que mais gera lixo eletrônico, seguido por China, Japão, Alemanha e Índia. Apenas EUA e China geram juntos, quase um terço (32%) do lixo eletrônico do mundo.
ONDE VAI O LIXO?
A maior parte desses resíduos é exportado ilegalmente para países asiáticos ou africanos, como por exemplo Gana, e acabam em lixeiras intermináveis, quase sempre oferecendo risco à população local.
Isso acontece porque estes locais estão altamente contaminados com materiais tóxicos como mercúrio e chumbo, que são prejudiciais ao ambiente e também à saúde dos cidadãos.
O principal motivo para estes países servirem de lixão, de acordo com ativistas ambientais, é bem simples: é mais barato enviar o lixo eletrônico à África ou Ásia do que reciclá-lo em seus países de origem.
Dos 41 milhões de toneladas de lixo eletrônico produzidos em 2014, as Nações Unidas acreditam que apenas 6 milhões foram devidamente reciclados.
A queima de produtos eletrônicos libera metais pesados, como chumbo, cádmio e mercúrio, na atmosfera e em forma de cinzas (que, muitas vezes, são despejadas em rios). O mercúrio presente no ambiente pode chegar à nossa cadeia alimentar, principalmente por meio dos peixes.
SOLUÇÃO
Para os ambientalistas, só existe uma maneira segura de descartar eletrônicos: produzi-los “limpos”, ou seja, livre de substâncias tóxicas.
Muito do material usado hoje pode ser substituído. Um exemplo é o chumbo das soldas, que pode ser trocado por liga de estanho. Alguns fabricantes já abriram mão de usar retardantes de chamas bromados e PVC em seus produtos e passaram a empregar similares.
A Samsung e a Dell aceitaram o desafio e prometeram tirar os elementos tóxicos de seus equipamentos. Os computadores Power Mac G5, da Apple, foram desenhados pensando na substituição fácil de peças. A Sharp encerrou sua produção de televisores de tubo, concentrando-se nas TVs de cristal líquido, que são 100% recicláveis.
Por fim, vale a política do “take back” (pegar de volta). Especialistas dizem que temos que devolver nosso lixo ao fabricante pois o consumidor, não deve ser responsável pelo fim adequado do e-lixo.
Outra solução é reciclar…criar novos equipamentos com as peças antigas ou até fazer arte!
Adorei .....explica muita coisa
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