Estudo aponta algumas possíveis soluções
No dia 28 de outubro, a revista Nature Computational Science publicou um estudo da Academia Chinesa de Ciências, em parceria com a Universidade Reichman, de Israel, mostrando que a popularidade da inteligência artificial generativa pode trazer impactos negativos para o meio ambiente ao aumentar a quantidade de lixo eletrônico gerado, chegando a alcançar entre 1,2 milhão e 5 milhões de toneladas até 2030.
Isso acontece porque empresas responsáveis por tecnologias de IA utilizam grande quantidade de equipamentos eletrônicos para manter a atividade. Essas peças ficam obsoletas ou são substituídas por versões mais modernas cada vez mais rápido. Além disso, os dispositivos descartados são compostos por metais pesados, como chumbo e mercúrio, prejudiciais ao ecossistema.
O estudo propõe soluções como estratégias para prolongar o uso dos hardwares, além de reutilização de materiais descartados e reciclagem de componentes. Estima-se que, se essas práticas forem adotadas, será possível diminuir em até 86% o lixo eletrônico gerado. Saurabh Gupta, fundador da Earth5R, organização indiana voltada à sustentabilidade, deu declarações públicas apoiando as propostas. “Isso representa uma enorme oportunidade para reduzir fluxo de resíduos, caso essas práticas sejam amplamente adotadas”, disse Gupta em entrevista ao portal DW.
Gasto de água e consumo de energia Um cálculo realizado pela Universidade da Califórnia mostrou que o GPT-4, da OpenAI, consome 519 ml de água para escrever um e-mail de cem palavras. Já a quantidade de energia elétrica usada para realizar a mesma função ficou em 0,14 quilowatt-hora (kWh), o suficiente para manter 14 lâmpadas de LED acesas por uma hora.
PÁGINAS DA INTERNET ESTÃO SE PERDENDO
Algumas páginas da internet estão desaparecendo para sempre, o que pode ser um problema para futuros historiadores que quiserem entender o que está acontecendo hoje no mundo. Um estudo publicado em 17 de maio, pela organização de pesquisas e debates Pew Research Center, mostrou que um quarto de todas as páginas da web que já existiram em algum momento entre 2013 e 2023 desapareceu. O relatório também indicou que um em cada cinco sites governamentais contém pelo menos um link que não funciona mais.
FONTES: O GLOBO, R7, TECNOBLOG, CNN E BBC.
Esta matéria foi originalmente publicada na edição 234 do jornal Joca.
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