Termo faz referência aos efeitos mentais causados por conteúdos pouco desafiadores
O Dicionário Oxford divulgou, em 2 de dezembro, a expressão do ano. O termo “brain rot” (“cérebro podre” ou “podridão cerebral”, em inglês) foi o eleito, com mais de 37 mil votos.
Essa expressão descreve muito bem um sentimento que milhares de pessoas têm em tempos de redes sociais. Segundo o Oxford, é a “suposta deterioração do estado mental ou intelectual de uma pessoa por consumo excessivo de material — em especial on-line — trivial ou pouco desafiador”.
Podemos dizer, então, que o termo do ano está relacionado ao ato de passar horas rolando o feed das redes sociais sem realmente absorver nada dos conteúdos consumidos. Não à toa, ele foi buscado 130 mil vezes entre 2023 e 2024, um crescimento de 230%.
Apesar da recente popularidade, a expressão foi usada pela primeira vez em 1854, pelo filósofo Henry David Thoreau, no livro Walden, ou a Vida nos Bosques. A obra critica a falta de valorização de ideias complexas e usou o termo brain rot em uma comparação com o apodrecimento das batatas na Inglaterra.
Em português:
Ao longo dos anos, o crescente uso da expressão refletiu a preocupação constante com os impactos de certos conteúdos na atividade cognitiva das pessoas. O Boston Children’s Hospital reconheceu o distúrbio, denominado “Uso Problemático de Mídia Interativa”, em tradução livre. Uma provedora de saúde nos Estados Unidos publicou diretrizes para identificar casos de brain rot e oferece tratamento para o problema.
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