“COM FORÇA DE VONTADE, analista financeira do Joca decidiu vencer o ‘pesadelo da matemática’ para seguir na profissão que se dedica aos números.” Foi assim que os irmãos Lara e Joaquim C. G., ambos de 7 anos e estudantes do Espaço Pensar, em São Paulo (SP), apresentaram sua inscrição na segunda edição do Troféu Jovem Leitor.

A dupla campeã entrevistou Camila Santiago, do time do Joca, para a premiação de 2021, em que o jornal convidou crianças e adolescentes a conversar com pessoas que pudessem falar sobre o Joca na comemoração dos 10 anos de existência do periódico.

A seguir, confira a introdução do texto feita pelos vencedores e a entrevista com Camila.

CAMILA SANTIAGO tem 29 anos, mora na zona sul da cidade de São Paulo, no Capão Redondo, e começou no Joca como estagiária. Ela trabalha com números, é analista financeira e cuida das contas para que o jornal possa chegar até a nossa escola e a muitos outros lugares. O engraçado é que ela não gostava de matemática, mas resolveu vencer sua dificuldade, dedicou-se e foi estudar finanças, que depende da matemática. Ela disse que poucas crianças se interessam pela área dela e agradeceu a entrevista, mas nós achamos muito legal o que ela faz, pois gostamos muito de matemática.

#pracegover: Camila veste blusa preta com detalhes florais. Seus cabelos são compridos e ela está na varanda de um prédio. Crédito de imagem: Dasha Horita

Qual é a sua relação com o Joca?
A relação que tenho com o Joca é de muito amor, carinho e afeto, pois foi aqui que tive a oportunidade de começar a trabalhar na área financeira.

Como e quando você começou a trabalhar no Joca?
Eu comecei a trabalhar no Joca em 2018. Estagiei durante um ano e, quando me formei na faculdade, fui contratada como analista financeira.

Joaquim-Trofeu-Jovem-Leitor
#pracegover: Joaquim usa camiseta azul, camisa xadrez e está de braços abertos em frente a uma árvore. Foto: Tati Pugliese

Como você decidiu trabalhar na área financeira?
Em toda a minha vida escolar, tive muita dificuldade com a matemática. Era o meu pior pesadelo, eu não gostava dessa matéria. Por isso, demorei muito para decidir qual carreira seguir, só entrei na faculdade com 25 anos. Coloquei na cabeça que queria enfrentar a dificuldade que tinha com a matemática, então decidi escolher um curso que tinha muitos cálculos. Escolhi a gestão financeira e foi a melhor coisa que fiz, porque minha dificuldade foi embora. Hoje, me dou superbem com cálculo, aprendi que, quando encontramos uma dificuldade, não podemos desistir. Temos que enfrentar. Quando temos força de vontade, conseguimos alcançar tudo o que queremos.

Lara-Trofeu-Jovem-Leitor
#pracegover: Lara usa camiseta branca e sorri. Foto: arquivo pessoal

Em que escola você estudou?
Você lia o Joca quando estudava? Estudei a minha vida toda em escola pública, na Renata Graziano de Oliveira Prado, que é perto de onde eu moro. Quando eu estudava, não tinha o Joca, então, infelizmente, não tive a oportunidade de ter acesso a ele.

O que uma analista financeira faz?
Eu faço toda a parte do financeiro, como contas a pagar e a receber. Então, quando chega uma conta de luz ou de água à Magia de Ler [editora que publica o Joca], sou eu quem faço o pagamento. Quando vendemos uma assinatura do jornal, eu faturo para a gente receber, faço a emissão de nota fiscal, boletos, controle de tudo o que gastamos e recebemos.

Como o Joca se sustenta? De onde vem o dinheiro para pagar o jornal?
Hoje, o Joca se sustenta com as assinaturas feitas pelos pais e pelas escolas.

Que jornal as pessoas compram mais: o jornal em papel ou o on-line? Por que você acha que isso acontece?
Quando a pandemia chegou, tivemos um aumento significativo das assinaturas on- -line por causa do medo das pessoas com o contato e em decorrência do isolamento. Mesmo assim, as assinaturas do jornal físico não diminuíram. Acho que pegar e folhear o papel faz muito sentido, então tem pessoas que preferem o jornal impresso.

O Joca é lido no Brasil inteiro? Que estado tem mais leitores do Joca?
Hoje, o Joca está presente em todo o Brasil, em papel ou on-line, e já temos assinaturas on-line fora do Brasil. Em São Paulo é onde temos mais leitores.

O que custa mais caro na hora de criar o jornal? É o papel?
Quando pensamos em jornal, pensamos primeiro no papel. Mas não é só de papel que é feito o jornal. Precisamos de uma equipe: a gráfica para fazer a impressão, a empresa para distribuir o jornal, de muitos profissionais, como editora-chefe, jornalistas, designers. A mão de obra, o trabalho das pessoas, é o que vale mais.

Do que você mais gosta de trabalhar no Joca?
Aqui é uma empresa muito acolhedora, foi aqui que aprendi tudo o que sei, é coletiva, podemos sempre contar com nosso colega de trabalho, já nos tornamos uma grande família e as pessoas estão dispostas a ajudar.

Qual matéria do Joca mais te emocionou? Por quê?
Sem dúvida, foi a matéria sobre o desastre de Brumadinho [saiba mais na página 3]. Algumas pessoas da equipe foram até lá, conversaram com crianças e adultos, e os relatos nos comoveram muito. Muitos lugares ainda cobertos de lama e muita gente que perdeu entes queridos.

O que você sonha para o futuro do Joca?
O meu sonho é que o Joca alcance todas as crianças do Brasil, pois eu sempre acreditei que a educação é a transformação. E com o Joca chegando a todas as crianças, eu acredito que teremos no futuro um Brasil melhor do que é hoje.

Esta matéria foi originalmente publicada na edição 179 do jornal Joca

Ixi! Você bateu no paywall!

Ainda não é assinante? Assine agora e tenha acesso ilimitado ao conteúdo do Joca.

Assinante? Faça Login

Voltar para a home

Ou faça sua assinatura e tenha acesso a todo o conteúdo do Joca

Assine

Enquete

Sobre qual assunto você gosta mais de ler no portal do Joca?

Comentários (0)

Compartilhar por email

error: Contéudo Protegido