#pracegover: imagem de relógio marcando 36 graus de temperatura no meio de uma rua. Ao fundo há árvores e pessoas transitando. Crédito de imagem: Paulo Pinto/Agência Brasil

Diferentes regiões e estados brasileiros enfrentaram, no mês de fevereiro, fortes ondas de calor, com temperaturas chegando até 43 graus Celsius (°C) no Rio de Janeiro (RJ). Segundo dados do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), no dia 16 de fevereiro, mais de 44 cidades do Brasil tiveram temperaturas acima dos 30°C. 

O calor extremo pode causar desidratação do corpo, fadiga, tontura e problemas respiratórios em consequência da exaustão térmica. Esse cenário também é preocupante para os estudantes. Em salas com muitas pessoas e pouco sistema de climatização do ambiente, o calor pode influenciar diretamente o aprendizado. 

Diversas instituições de ensino de São Paulo e Rio de Janeiro cancelaram ou alteraram o horário das aulas em virtude do calor. No Rio de Janeiro, o governo autorizou que as escolas estaduais sem estrutura de climatização adequada pudessem reduzir em até 50% o horário das aulas presenciais. Segundo a Secretaria de Estado de Educação do Rio de Janeiro (Seeduc), das 1.234 unidades escolares, 200 estão sem ar-condicionado.

Aprendizagem comprometida 

De acordo com um estudo do economista Jisung Park, publicado, em 2017, pelo departamento de economia da Universidade Harvard, dias muito quentes podem fazer com que a capacidade de aprendizado seja reduzida em até 15%, principalmente quando as temperaturas ultrapassam os 30°C. Para a análise em questão, foram avaliados dias letivos com altas temperaturas em uma escola pública de Nova York. Em outro estudo mais recente o autor aponta que em países como o Brasil, naturalmente mais quentes, esse impacto pode se estender a longo prazo. 

Com o aumento dos termômetros, o nível de saturação do oxigênio no sangue (a quantidade do elemento que o sangue transporta pelo organismo) diminui, deixando os estudantes mais estressados e cansados e afetando seu desenvolvimento cognitivo.

MUDANÇAS CLIMÁTICAS AFETAM ESTUDANTES NO MUNDO

Um levantamento divulgado no dia 24 de janeiro, pelo Fundo das Nações Unidas Para a Infância (Unicef), órgão da Organização das Nações Unidas (ONU), revelou que 242 milhões de alunos, de 85 países, tiveram a rotina de estudo alterada ou pararam de ir à escola em decorrência de fenômenos ocasionados pelas mudanças climáticas. O relatório também aponta que o calor foi o principal motivo da evasão escolar.

GLOSSÁRIO

CLIMATIZAÇÃO: controle das condições de temperatura de um ambiente fechado com a utilização de recursos como ventiladores, umidificadores e ar-condicionado.

FONTES: G1, CNN, AGÊNCIA BRASIL, UOL, HARVARD, O GLOBO, UNICEF E INSTITUTO NACIONAL DE METEOROLOGIA.

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