Crédito da imagem: Getty Images

Para saber o que é moda circular, primeiro precisamos entender o que é economia circular.

Atualmente, extraímos, produzimos, consumimos e descartamos produtos como se os recursos naturais do planeta fossem infinitos, quando sabemos bem que não é. Ou seja, os produtos são feitos para serem jogados no lixo após um período de uso muito curto. Isso é o que chamamos de economia linear.

A economia circular vai no caminho oposto e tem a proposta de não gerar lixo ou resíduos. Para isso, é fundamental fabricar produtos com materiais e formatos que lhes permitam durar mais, ser reutilizados, reciclados ou decompostos. Isso cria uma maneira de relacionamento mais sustentável com o nosso planeta.

Quem está pensando na economia circular?

 A boa notícia é que existem muitas pessoas, empresas, governos e organizações defendendo e avançando nessa ideia. É o caso do Plano de Ação Para a Economia Circular da União Europeia (mencionado na coluna passada) e da Fundação Ellen MacArthur. 

E a moda circular?

Para que as roupas e produtos consigam circular e não sejam descartados, é muito importante que as marcas pensem nos materiais que serão utilizados antes de lançá-los no mercado. Isso porque, a depender da matéria-prima, as peças poderão (ou não) ser remanufaturadas ou recicladas. 

Hoje, já há bons exemplos de empresas do mundo da moda que estão colocando essa lógica em prática. A Adidas, marca internacional de roupas voltadas para o esporte, criou um tênis 100% reciclável de apenas um tipo de material. Ao fim da vida útil do calçado, a própria companhia o recolhe e o transforma em materiais para novos produtos.

Outro bom exemplo é o da C&A, empresa de varejo que lançou a Coleção Ciclos, contendo a certificação C2C, que garante que os produtos são de fato recicláveis e feitos a partir de um processo produtivo circular, pensando nos materiais, na energia da fábrica e até na água consumida na produção. 

Já a Riachuelo, outra varejista, lançou a linha Tecido + Sustentável, que traz peças desenvolvidas com fios de poliamida biodegradáveis, com a reutilização de matéria-prima e redução de consumo de água e energia. 

Ainda temos um caminho longo para que a economia circular esteja presente em escala nas empresas e na vida das pessoas, mas, felizmente, os primeiros passos já foram dados.

Esta coluna foi escrita em parceria com Gabriela Escorel Pupo Nogueira Batista @gabrielapn, formada em direito pela PUC-SP, com especializações em administração de empresas pela FGV-SP e economia circular pela Ideia Circular e pela UC Berkeley Extension. Está cursando mestrado em sustentabilidade na FGV-SP. Hoje é diretora jurídica e coordenadora de sustentabilidade de uma indústria têxtil. 

Fontes: Ellen MacArthur Foundation, Adidas, Comissão Europeia, C2C, C&A e Riachuelo.

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