Thalita Rebouças é jornalista de formação, mas se dedica exclusivamente a escrever livros de ficção desde os 25 anos, quando lançou Traição Entre Amigas. Ela já publicou mais de 20 obras, como os livros das séries Fala Sério e Confissões, e algumas chegaram a ter as histórias adaptadas para o cinema e teatro.

A repórter mirim Juliana R. G. D., de 13 anos, entrevistou a Thalita para saber mais sobre os bastidores da carreira de escritora e de onde vem a inspiração para criar tantas histórias. Confira.

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#pracegover: a repórter mirim Juliana segura livros escritos por Thalita Rebouças e sorri para a foto. Foto: arquivo pessoal

Como você faz para entender os adolescentes, conhecer as nossas gírias e nossos sentimentos? Eu sinto você muito próxima de nós.
Eu acho que os adolescentes são fáceis de entender, adulto que é complicado. Quando sento no computador para escrever, sou uma adolescente de 14 anos, e quem revisa é a jornalista de 45.

Uma vez eu vi um filme em que o escritor anota as ideias. Como você se inspira? Tenta meditar para chamar ideias?
Eu me inspiro no dia a dia, observando as pessoas, e na minha adolescência. Tudo pode me inspirar. Eu não medito para chamar ideia. Ainda não me habituei, é sempre muito mágico quando vem uma ideia nova. Não tem regra, hora, nem lugar. É muito bacana.

Você também tem um ídolo na literatura ou fora dela?
Sempre gostei e me inspirei na escrita do João Ubaldo Ribeiro, Fernando Sabino e Luis Fernando Verissimo, por causa da irreverência e da simplicidade como eles escrevem de forma tão genial. Se um dia eu chegar perto do que eles fazem, já estarei feliz.

Você já viveu algum momento retratado nos seus livros? Se sim, qual?
Vários momentos! Eu já quase fui atropelada e morta por um marreco, e isso está em Fala Sério, Amor! O bacana é misturar a imaginação com a realidade.

Como e quando surgiu seu interesse por literatura? Você era boa aluna?
Meu interesse por literatura veio desde nova. Eu li muito quando criança e adolescente e sempre fui boa aluna.

Quais gêneros textuais você gosta de escrever?
Eu gosto de escrever crônicas e de ter um texto bem coloquial.

O que você mais gosta de ouvir de seus fãs?
O que eu mais gosto de ouvir é que antes eles não gostavam de ler e passaram a gostar por minha causa.

Como você conseguiu chegar aonde chegou?
Batalhando muito, subindo em cadeira com peruca colorida em feiras de livros para chamar a atenção. Passando sábados e domingos inteiros em livrarias dando pirulitos para quem entrasse em troca de dois minutos de atenção para poder falar dos meus livros para as pessoas. Foi muita batalha. Aí, graças a Deus, os adolescentes passaram a gostar do que eu escrevia, e foi muito lindo realizar o meu sonho de criança.

Quando você está no projeto de um livro, quanto tempo escreve por dia? Você põe um limite de tempo em um período do dia ou você vai escrevendo até não ter mais ideia?
Eu tento escrever de seis a oito horas por dia. Na quarentena está mais complicado, mas é o horário que me imponho. Não tem isso de escrever até não ter mais ideia, porque, quando começo o livro, a ideia já está toda na minha cabeça, então cabe a mim produzir para entregar a tempo e chegar a vocês.

#pracegover: Capa do livro Fala sério, mãe! com as atrizes Larissa Manoela e Ingrid Guimarães. Imagem: divulgação

Como é o processo de redação de um livro? Antes de escrever, você pesquisa sobre o assunto que vai abordar?
Eu pesquiso. Normalmente com entrevistas informais, via redes sociais ou com pessoas que não conheço. No caso do livro do Davi, Confissões de um Garoto Tímido, Nerd e (Ligeiramente) Apaixonado, foi uma superpesquisa. Já para o livro da Valentina, Confissões de uma Garota Linda, Popular e (Secretamente) Infeliz, pesquisei muito sobre bullying e transtornos alimentares.

Que dicas você dá para alguém que quer ser escritor ou jornalista?
Leia muito, quanto mais a gente lê, melhor a gente escreve. E também é preciso escrever sempre, nem que seja uma linha por dia.

#pracegover: Thalita Rebouças usa vestido vermelho e sorri. Foto: Edu Rodrigues

Esta matéria foi originalmente publicada na edição 152 do jornal Joca.

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Comentários (1)

  • JULIA

    3 anos atrás

    AMO OS LIVROS DELAAA

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