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A Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto, da Universidade de São Paulo (USP), está realizando uma pesquisa para entender como crianças no espectro autista tomam remédios. Por meio de um formulário, disponível para preenchimento até abril, a equipe pretende coletar respostas de cuidadores de crianças entre 4 e 11 anos diagnosticadas com Transtorno do Espectro Autista (TEA) de todo o país.

Segundo a professora de terapia ocupacional Amanda Sposito, o objetivo do estudo é mapear as causas da resistência de crianças com TEA em ingerir remédios. Com isso, espera-se ampliar o debate sobre o tema e compreender as estratégias que os cuidadores utilizam para garantir a administração dos medicamentos, apesar das dificuldades.

A professora afirma, ainda, que uma busca inicial por estudos semelhantes não encontrou referências de pesquisas anteriores sobre essa temática, o que torna o trabalho em desenvolvimento algo inédito.

A pesquisa trabalha com duas hipóteses que podem explicar a resistência dos autistas a remédios: a sensorial e a comportamental, ou, em alguns casos, ambas. Amanda explica cada uma delas:

  • Sensorial: sensibilidade maior ao gosto, textura ou cheiro, gerando incômodo e fazendo com que a criança rejeite o remédio.
  • Comportamental: preferência por realizar sempre as mesmas atividades da mesma maneira. Neste caso, a resistência ocorre diante de medicações novas ou mudanças na apresentação dos remédios.

Fonte: Folha de S.Paulo e USP.

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