O resultado das eleições em Belarus (país do continente europeu, também conhecido como Bielorrússia), que reelegeram o presidente Aleksandr Lukashenko, levou a protestos no país que ocorrem desde 9 de agosto.

A comissão responsável por oficializar o resultado das eleições mostrou que Lukashenko venceu a disputa com 80,2% dos votos, mas pesquisas anteriores à data da votação apontavam um resultado muito diferente, o que fez a população desconfiar de fraude. Os manifestantes exigem que o presidente renuncie (ou seja, deixe o cargo por conta própria) e que novas eleições livres sejam convocadas. Trabalhadores do setor industrial e de comunicações entraram em greve em apoio aos protestos.

Houve conflito entre manifestantes e policiais em diversas cidades de Belarus. Segundo a Organização das Nações Unidas (ONU), até o dia 22 de agosto, cem manifestantes seguiam presos, 60 deles acusados de crimes graves. Ao menos oito estão desaparecidos e quatro foram mortos. A mídia internacional tem recebido denúncias de violência policial contra os manifestantes.

Consequência
Na tentativa de apaziguar os protestos, em 17 de agosto, Lukashenko declarou que deixaria o cargo depois de um referendo (espécie de votação especial para assuntos do governo em que a população pode participar), porém, afirmou que novas eleições não seriam realizadas. “Submeteremos as mudanças a um referendo e cederei meus poderes constitucionais, mas não sob pressão ou por causa da rua”, disse ele em um discurso replicado pela agência de notícias do governo, BelTA. “Até que me matem, não haverá eleições”, completou Lukashenko.

#pracegover: manifestação em Belarus, em que diversas pessoas carregam bandeiras nas cores branca e vermelha. Foto: Getty Images

A União Europeia (UE, grupo formado por 27 países europeus) afirmou não reconhecer o resultado das eleições como legítimo e que pretende impor sanções (ou seja, punições) aos responsáveis pela fraude. Já o presidente da Rússia, Vladimir Putin, colocou-se contra a decisão da UE e considerou “inaceitável” qualquer tentativa de intervenção na política de Belarus.

Até o fechamento desta edição do Joca, os protestos seguiam acontecendo no país.

Fontes: Folha de S.Paulo, G1, The New York Times, UOL e The Washington Post.

Esta matéria foi originalmente publicada na edição 155 do jornal Joca.

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