Dois dias depois de ser anunciada, a chamada Superliga Europeia foi suspensa, em 20 de abril, em razão da grande pressão de torcedores, jogadores, técnicos, governos e entidades do futebol. A nova competição reuniria os 15 maiores times da Europa, além de cinco clubes que se classificariam se tivessem bom desempenho na temporada anterior. O torneio duraria de agosto a maio e funcionaria como um “concorrente” da Liga dos Campeões, hoje a principal competição de clubes do continente.

Em 20 de abril, revoltados com a criação da Superliga, centenas de torcedores do Chelsea, da Inglaterra, foram até a entrada do estádio Stamford Bridge, em Londres, para protestar. No mesmo dia, seis clubes ingleses, incluindo o Chelsea, decidiram sair da competição. Pouco depois, a organização da Superliga divulgou um comunicado afirmando a suspensão e reformulação do projeto. A situação permanecia assim até o fechamento desta edição do Joca.

O que diz cada lado?
Antes da suspensão, os fundadores da Superliga disseram que o torneio proporcionaria um número alto de partidas de qualidade, já que os únicos participantes seriam os maiores clubes europeus. Além disso, alegavam que a competição traria grande lucro para os times — a liga prometia pagar às equipes mais do que estão acostumadas a receber na Liga dos Campeões, Liga Europa e Super-copa Europeia, campeonatos organizados pela Uefa, principal entidade de futebol da Europa.

Já os contrários à Superliga afirmam que o torneio seria apenas uma tentativa dos clubes maiores de ganhar mais dinheiro (pela grande quantidade de partidas de alta qualidade, o campeonato atrairia mais espectadores, gerando mais lucro para os times). Os críticos também afirmam que o campeonato prejudicaria os clubes pequenos e médios (que ficariam de fora da Superliga), deixaria os ingressos mais caros e tornaria o futebol europeu menos emocionante — os participantes do torneio seriam sempre os mesmos e os chamados “clássicos” aconteceriam toda semana, o que tiraria a graça das disputas.

#pracegover: a foto mostra cartazes de protesto contra a Superliga Europeia em frente ao estádio Anfield, do clube Liverpool, da Inglaterra, em 20 de abril. Foto: Christopher Furlong/Getty Images

Quem iria participar da Superliga?
Arsenal, Chelsea, Liverpool, Manchester City, Manchester United e Tottenham, da Inglaterra; Atlético Madrid, Barcelona e Real Madrid, da Espanha; e Inter de Milão, Juventus e Milan, da Itália. Antes da suspensão, os organizadores estavam esperando a confirmação de mais três clubes para fechar a lista dos permanentes.

Fontes: BBC, Globo Esporte e Veja.

Esta matéria foi originalmente publicada na edição 169 do jornal Joca.

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