Por Helena Rinaldi Cansado de ver o rio Atuba, em Curitiba, no Paraná, ficar cada vez mais poluído, o vendedor Diego Saldanha, de 32 anos, decidiu inventar sozinho um jeito de recolher o lixo descartado ali. Chamado de ecobarreira, o sistema é formado por 26 galões de 50 litros, que, ligados por redes de proteção,
Por Helena Rinaldi
Cansado de ver o rio Atuba, em Curitiba, no Paraná, ficar cada vez mais poluído, o vendedor Diego Saldanha, de 32 anos, decidiu inventar sozinho um jeito de recolher o lixo descartado ali. Chamado de ecobarreira, o sistema é formado por 26 galões de 50 litros, que, ligados por redes de proteção, prendem o lixo arrastado pela correnteza. Assim, a sujeira se mantém unida e pode ser recolhida mais facilmente pelo próprio Diego, que faz isso todos os dias desde janeiro de 2017.
Agora, ele está testando uma novidade para seguir despoluindo o rio por meio de um sistema caseiro para tratamento de esgoto. A seguir, saiba mais sobre as iniciativas de Diego em entrevista que ele deu para o Joca.
O que acontece com os objetos que você recolhe?
Depois que recolho o lixo, separo o que encontro e descarto do jeito certo: o que é lixo vai para o lixo e o que pode ser reciclado, encaminho para a escola dos meus filhos, que vende e investe o valor para melhorias da instituição.
O que você mais encontra no rio?
Garrafas PET, latas e sacos plásticos, mas já cheguei a ver televisão, fogão, capacete e até boneca. Pego esses itens diferentes e faço um museu aberto para as pessoas perceberem quanta coisa não deveria estar lá.
Você sente que a água já está ficando mais limpa?
Com certeza, mas como meu bairro não tem sistema de tratamento de esgoto, muita sujeira é despejada direto no rio. Então, a água continua contaminada. Por isso, estou testando um sistema de esgoto feito em casa. A ideia é que, quando ele começar a funcionar, eu incentive a comunidade a fazer o mesmo.
Esta matéria foi originalmente publicada na edição 125 do jornal Joca.
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