O anúncio foi feito por Vladimir Putin, presidente russo
No dia 11 de agosto, Vladimir Putin, presidente russo, anunciou que o país era o primeiro a registrar uma vacina contra o novo coronavírus. Batizada de Sputnik V, ela está prevista para ser produzida em massa em setembro e distribuída gratuitamente para a população russa em outubro.
A novidade, porém, provocou desconfiança da comunidade científica. “Toda vacina precisa passar por três fases de testes”, explica Ana Helena Germoglio, infectologista do Hospital Águas Claras, de Brasília (DF). “Assim temos certeza de que a vacina é eficaz e que não produz nenhum efeito colateral pior do que a doença. A Sputnik V pulou a terceira etapa de testes, por isso gerou insegurança”, completa.
Depois de muitas críticas, o governo russo voltou atrás e disse, em 19 de agosto, que vai realizar a terceira fase dos testes em 40 mil pessoas. Apesar de essa etapa levar, em média, de seis meses a um ano para ser concluída, os cientistas do país pretendem acelerar o processo e mantiveram o prazo inicial de distribuição.
A vacina russa usa o vetor viral (quando um vírus modificado é aplicado para ensinar o corpo a se defender) na produção. Segundo o governo do país, ela deixará o organismo humano imune ao novo coronavírus por dois anos.
Outras vacinas
Um balanço divulgado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) no dia 22 de julho indicou 166 vacinas em desenvolvimento, cinco delas em fases finais de testes.
GLOSSÁRIO
Sputnik: nome do primeiro satélite artificial lançado no mundo, pela União Soviética, em 1957. Saiba mais sobre a história do ser humano no espaço na edição 134 do Joca.
Fontes: Folha de S.Paulo, G1, UOL e The New York Times.
Esta matéria foi originalmente publicada na edição 155 do jornal Joca.
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legal
achei muito legal
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