O início do ano letivo em 1.500 escolas da rede municipal de ensino do Rio de Janeiro foi adiado do dia 5 para 6 de fevereiro por causa da contaminação da água na estação de tratamento do Guandu. Na ocasião, o abastecimento foi interrompido por 14 horas após a presença de detergente ser identificada.

Desde o início de janeiro, os moradores reclamam de gosto e cheiro de terra na água que sai das torneiras. A Companhia Estadual de Águas e Esgotos (Cedae) divulgou uma nota afirmando que isso aconteceu por causa do surgimento de uma substância chamada geosmina, em razão do acúmulo de cianobactérias (conhecidas como algas azuis) na estação de tratamento, e que isso não representa risco à saúde.

Crise hídrica no Rio
Vista aérea da estação de tratamento de água da Cedae na Região Metropolitana do Rio de Janeiro. #pracegover: uma foto feiro do alto mostra as instalações da Cedae. É possível ver espécies de tanque com água. Foto: Cedae.

Já no início de fevereiro, foi identificado grande volume de detergentes na água. A Cedae declarou que as chuvas devem ter arrastado a substância para dentro das represas de água. A companhia está usando carvão ativado (uma forma de carbono capaz de absorver impurezas) para resolver o problema e afirma ser seguro usar o líquido fornecido.

A estação de tratamento do Guandu abastece 9 milhões de pessoas na cidade do Rio de Janeiro e em munícipios da Baixada Fluminense.

Como acontece o tratamento de água na estação do guandu?

1 – As partículas de areia da água são retiradas em um processo chamado desaneração.
2 – Decantadores: Produtos químicos são lançados para tornar a sujeira mais densa. Assim, ela vai parar no fundo de grandes recipientes e fica mais fácil removê-la.
3 – A Cedae despeja carvão ativado para remover as substâncias liberadas pelas algas (essa medida é recente, para conter a emergência).
4 – Reservatório de contato: A água recebe toneladas de cloro para eliminar as bactérias, flúor para prevenir cáries na população e cal hidratada para diminuir a acidez.
5 – Reservatório: Depois de tudo isso, ela vai para um reservatório público, recebe outra dose de flúor e é enviada para as torneiras da casa das pessoas.

O que eu penso sobre…
“A população do Rio se surpreendeu com a água. Ela estava com gosto estranho, particularmente de barro. Nossa recomendação é beber água mineral e levar uma garrafinha para todo lugar. Se tiver bebedouros ou água filtrada, não recomendamos beber.” Filipe K. e Gustavo B., 12 anos, da cidade do Rio de Janeiro

“Na minha casa, a água está com cheiro de barro. A gente está usando água mineral para tomar e filtrada para cozinhar. É muito ruim, porque a água mineral está cara, tem que sair para comprar toda hora. Fico triste com essa situação. Eu queria que a água voltasse logo ao normal.” Júllia da C., 11 anos, estudante da Escola Municipal Almeida Garret, Rio de Janeiro (RJ)

Fontes: Folha de São Paulo, Exame, Agência Brasil, G1, R7, O Globo e UOL

Esta matéria foi originalmente publicada na edição 143 do jornal Joca.

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