Eduarda Macieira, de apenas 12 anos, é autora de dez livros. Violeta (2018) e Martina (2022) foram lançados pela Editora Girafa. Já pelo projeto Estante Mágica, plataforma digital que possibilita que crianças de diferentes escolas escrevam e publiquem os próprios livros, Duda produziu outras oito obras autorais. Ainda estudante do 7º ano, a jovem já participa de feiras literárias e palestras sobre o universo da literatura infantil. A repórter mirim Clara F., 10 anos, entrevistou Duda para saber mais sobre o processo de criação de seus livros. Confira: 

#pracegover: Eduarda está parada e sorrindo. Na mão esquerda, segura o livro Martina, que mostra uma menina negra de roupa amarela e cor-de-rosa, parada diante de um fundo verde. Na mão direita, segura o livro Violeta, que mostra uma menina ruiva, de roupa azul e amarela, parada diante de um fundo azul e roxo. Crédito de imagem: arquivo pessoal

Entre todos os livros que você escreveu e publicou, qual foi o mais difícil? 
O mais difícil de publicar foi Violeta, porque foi o primeiro, então a gente precisou fazer uma vaquinha para arrecadar o dinheiro para conseguir viabilizar a publicação. Mas o de fazer foi Martina, porque, como ele é mais grossinho, e eu era mais velha, demorou um pouco mais para eu criar a história. Além disso, é uma história de capítulos, então ficou maior do que Violeta

Você tem alguma ideia de um livro, uma história em mente, algo que gostaria de escrever? 
Sim, eu estou fazendo um novo livro. Já até terminei, mas ainda tenho que revisar. É sobre uma bruxinha. Eu gosto muito de escrever história de ficção, magia, esse tipo de coisa. Meu estilo é mais de contar histórias mesmo, criar personagens… eu gosto muito! 

#pracegover: Clara F., 10 anos, está sorrindo para a foto. Ela veste uma roupa colorida e no fundo há flores cor-de-rosa. Crédito de imagem: arquivo pessoal

Que gênero de livro você gosta de ler? Que tipo de história? 
Eu gosto de histórias mais para adolescentes, como as da Meg Cabot, que escreveu O Diário da Princesa. Estou lendo a sequência dos livros agora. Eu também curto autores brasileiros, como Mauricio de Sousa e Pedro Bandeira. Gosto muito de ler histórias com muitos personagens e desenhos. 

Quais foram as inspirações para os seus livros? 
Para o Violeta foi um desenho que eu fiz para o meu pai, que inclusive se tornou a capa do livro. Eu tinha feito um desenho para ele, de uma menina, e daí eu resolvi escrever uma história sobre ela — então foi minha maior inspiração. Minhas inspirações para escrever Martina foram minha boneca de pano, que ganhei quando tinha um ano, e o livro Reinações de Narizinho, de Monteiro Lobato, de que gostei muito e li nessa mesma época. 

O que é o Estante Mágica? Eu li um pouco sobre você em uma reportagem em que o projeto era citado. Como ele te ajudou a publicar seus livros? 
Eu comecei a participar do Estante Mágica quando estava no 1o ano, na minha antiga escola, Miraflores. Foi uma parceria que a escola fez com o Estante Mágica, todos os alunos do 1o ano participavam. A gente escrevia e desenhava nossos próprios livrinhos e, depois, eles eram publicados. Eu gostava muito de grampear livrinhos em casa, mas escrever um livro e ver ele impresso, dar para os amigos, para a família, foi muito legal. Nunca havia tido essa experiência antes e gostei muito. O Estante Mágica foi muito importante para mim, porque me deu inspiração para criar minhas próprias histórias. 

Você teve medo de publicar seus livros? Você sentiu algum tipo de receio? 
Não. Eu era um pouco tímida e tinha medo de falar em público, mas, quando comecei a ir aos eventos literários, acabei aprendendo a perder esse medo. Eu participei de vários eventos; o primeiro foi a Flip [Festa Literária Internacional de Paraty], em que lancei o primeiro livro do Estante Mágica e Violeta. Eu ficava com um pouco de receio de falar em público porque era menorzinha e nunca tinha falado com muita gente. Então comecei a ir a mais e mais eventos, como a Bienal, festas literárias, em que eu tinha que falar no microfone, e fui me desenvolvendo mais na fala. Então acho que eu melhorei bastante nisso! 

O que você diria para as crianças que querem escrever e publicar os próprios livros? 
Eu diria para elas continuarem sonhando sempre. Continuem sonhando e escrevendo suas histórias, mostrando suas ideias para as outras pessoas, criando personagens, desenhando. Eu acho importante que as pessoas desenvolvam suas habilidades para ser sempre melhores no que querem — e sempre sonharam — ser. 

Esta matéria foi originalmente publicada na edição 216 do jornal Joca.

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