Capa do livro "A parte que falta": será que o personagem, em algum momento, encontrará seu pedaço faltante? Arte: Ana Beatriz Pádua

Como foi o seu ano de 2019? Cheio de coisas legais? Mas com algumas coisas nem tão legais assim pelo caminho? Se a gente colocar a memória para funcionar, resgatando tudo o que nos lembramos dos anos anteriores, é bem provável que a sensação seja a mesma – às vezes com um pouco de coisas divertidas a mais, às vezes com coisas nem tão incríveis sobrando.

Os anos vão passando e eles podem até lembrar uma montanha-russa. São subidas e descidas, risadas e sustos, alegrias e tristezas. É mais ou menos sobre isso que fala o livro A Parte Que Falta (Shel Silverstein, Companhia das Letrinhas).

Muitas vezes, vivemos como o título desta história, com uma sensação de que falta algo para nos sentir totalmente bem e felizes. Pode ser que você sinta falta de alguém, como de um amigo ou familiar que está longe. Ou de alguma coisa – quem sabe daquele brinquedo ou videogame que tanto espera ganhar ou conseguir comprar.

No livro A Parte Que Falta também é assim. O personagem decide sair em busca do pedaço que se faz necessário na vida dele, como uma parte que falta em seu corpo. No meio do caminho, ele passa por diversos momentos legais, mesmo sem se sentir completo. E também por tentativas de eliminar a sensação de que algo está sempre faltando. Mas será que estaria mesmo em algum lugar por aí, na forma de uma pessoa ou de um objeto, o que vai nos completar para sempre?

Às vezes, aquilo que faz falta até é preenchido: você pode visitar seu amigo ou parente de quem sente saudade, ganhar ou comprar aquilo que deseja ter… Mas já reparou que a sensação de estar completo – aquela alegria que sentimos quando conseguimos algo que queríamos muito – pode durar apenas alguns momentos, mesmo que sejam dias ou meses? Aí, não demora para a gente começar a sentir falta de novo.

Conhecer a história do livro A Parte Que Falta fez eu me lembrar que o nosso dia a dia é mesmo assim: de vez em quando vamos sentir uma alegria imensa e ter a sensação de aquilo basta; em outros momentos, algo vai fazer falta e estaremos por aí, novamente, em busca de preencher esse tipo de buraco. E tudo bem.

Recomendo essa leitura já no finzinho de 2019 para que 2020 chegue até você preenchendo “faltas” com a alegria que os recomeços sempre trazem – como na passagem de um ano para o outro. E que você faça dos próximos 12 meses uma oportunidade de ir atrás do que deseja. Sem se esquecer de que o caminhar em busca dessa realização traz outras diversas alegrias junto.

Então, quando o que você tanto queria, enfim, acontecer, desejo que você sinta e viva a felicidade do momento. Sinta-se completo. E comece de novo.

Feliz Ano-Novo! E boa leitura!

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