No mundo todo, donos de canais da Twitch, plataforma de transmissões ao vivo, resolveram passar o dia 1º de setembro inteiro sem fazer lives. A decisão integra um boicote conhecido como #ADayOffTwitch (em português, “um dia sem a Twitch”), que tem como objetivo prestar solidariedade aos usuários da plataforma que estão recebendo mensagens preconceituosas e com discursos de ódio.

Diversos streamers (como são conhecidos entre os fãs), como o espanhol AuronPlay, um dos mais populares, não fizeram lives na plataforma e demonstraram apoio à campanha nas redes sociais. Não há dados oficiais que mostrem o impacto na média de acessos ao site no dia da greve, porém, a hashtag #ADayOffTwitch ficou entre as mais comentadas da rede social Twitter.

Protesto no Brasil
Em 23 de agosto, pouco antes o #ADayOffTwich, canais brasileiros realizaram um boicote similar. A mobilização, chamada de Apagão da Twitch, foi um protesto contra as novas regras impostas pela plataforma, que estariam fazendo com que produtores de conteúdo ganhassem menos dinheiro.

#pracegover: Logo com o símbolo do “Apagão da Twitch” escrito em roxo. Crédito de imagem: Reprodução do Twitter

Até agosto, os usuários podiam fazer uma assinatura básica em um canal do site por 22,90 reais. Ao pagar esse valor, os fãs ajudavam financeiramente o criador do conteúdo e tinham acesso a benefícios, como lives sem anúncios. No entanto, no início do mês anterior, a Twitch baixou o valor para 7,90 reais, diminuindo os ganhos dos streamers em até 60%.

Ao todo, 3.300 produtores de conteúdo assinaram um documento pedindo que a plataforma tomasse providências para que eles não fossem mais prejudicados.

O que diz a Twitch?
Procurada pelo Joca, a Twitch não respondeu até o fechamento desta edição. Em 20 de agosto, a empresa se posicionou nas redes sociais dizendo que “ninguém deveria receber ataques por causa da forma de ser e das ideias que defende” e afirmou estar trabalhando para criar mecanismos que combatam mensagens agressivas.

Quanto às reivindicações dos brasileiros, um porta-voz da empresa falou, em entrevista ao UOL, que apoia o direito dos streamers de se expressar. “Estamos ouvindo esse feedback e continuaremos a trabalhar para fazer da Twitch o melhor serviço para os criadores de conteúdo criarem e promoverem suas comunidades”, declarou.

O que é a Twitch?
Plataforma dentro do leque de empresas da gigante Amazon em que usuários fazem transmissões ao vivo sobre temas variados, como games e música.

Fontes: Canaltech, Nexo, site oficial da Twitch, The Verge e União dos Streamers

Esta matéria foi originalmente publicada na edição 176 do jornal Joca.

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